Sobrinha leva cadáver a banco para tentar empréstimo: Ministério Público denuncia caso chocante em Bangu, Rio de Janeiro.




Ministério Público denuncia sobrinha por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver

Ministério Público denuncia sobrinha por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) tomou uma medida drástica na última terça-feira, 30 de junho, ao denunciar à Justiça a sobrinha e cuidadora que levou um homem já morto a uma agência bancária em Bangu, na zona oeste da capital fluminense, na tentativa de obter um empréstimo. Érika de Souza Vieira Nunes foi formalmente denunciada pela 2ª Promotoria de Justiça pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver.

Em um desdobramento dessa situação chocante, a 34ª Delegacia de Polícia (Bangu) está investigando a possibilidade de crime de homicídio culposo, conforme informações da Polícia Civil. A vítima, identificada como Paulo Roberto Braga, de 68 anos, teve seu nome envolvido nesse escândalo pós-morte.

Segundo a denúncia apresentada pelo MPRJ, o empréstimo foi contratado por Braga quando ainda estava vivo, porém o saque de R$ 17,9 mil não poderia ser efetivado devido ao falecimento do mesmo no momento em que Érika foi detida em flagrante na agência bancária.

De acordo com trechos da denúncia, “A denunciada, consciente e voluntariamente, vilipendiou o cadáver de Paulo Roberto Braga, seu tio e de quem era cuidadora, ao levá-lo à referida agência bancária e lá ter permanecido, mesmo após a sua morte, para fins de realizar o saque da ordem de pagamento supramencionada, demonstrando, assim, total desprezo e desrespeito para com o mesmo”.

A promotoria ressaltou que o idoso recebeu alta hospitalar um dia antes do ocorrido, após tratamento por pneumonia, e estava debilitado, como constatado pelos depoimentos do médico responsável e pelo laudo de necrópsia que indicou um “estado caquético” do paciente durante o exame.

A defesa de Érika de Souza Vieira Nunes não foi localizada para comentar sobre as acusações até o fechamento desta matéria, deixando aberta a possibilidade de manifestação.


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