Soldado japonês que lutou na 2ª Guerra vira “quase brasileiro” e monta fazenda em Mato Grosso do Sul: conheça a história de Hiroo Onoda.




Artigo Jornalístico

Kozuka acabou morto por tiros disparados pela polícia local em outubro de 1972, mas Onoda permaneceu sozinho na ilha por mais 18 meses, até que um encontro com um excêntrico explorador japonês de nome Norio Suzuki resultou em um acordo. Se Suzuki conseguisse trazer o comandante de Onoda para Lubang com ordens diretas para que ele depusesse as armas, ele obedeceria.

A missão de Suzuki foi um sucesso e, para Onoda, a guerra chegou ao fim em 9 de março de 1974. Quando retornou ao Japão, no mesmo ano, Onoda foi recebido como herói. Ele foi o último soldado japonês a voltar da 2º Guerra para casa. Seu livro de memórias, publicado pouco depois, se tornou um best-seller. Sua história virou o filme “Onoda – 10 Mil Noites na Selva”.

Relação com o Brasil

Após toda esta saga, o soldado japonês virou um “quase brasileiro”. Segundo a Folha, ele passou quatro décadas entre o Japão e o Brasil, até morrer, em 2014. Por aqui, se casou e montou uma fazenda de gado, em Mato Grosso do Sul.

A vinda ao Brasil foi motivada pelo fato de que o mais próximo de seus irmãos, Tadao Onoda, fixou residência no país no pós-guerra.

Eu me lembro de tê-lo visto duas vezes pessoalmente. Mas eu era muito jovem, então nunca criei um diálogo, uma relação muito próxima. Ele se estabeleceu aqui, inicialmente, mas com o passar dos anos foi ficando cada vez mais tempo no Japão e fomos perdendo o contato
Sobrinho-neto de Onoda, Camilo Onoda Caldas, advogado e escritor, à Folha


Em outubro de 1972, a história de Hiroo Onoda, um soldado japonês, teve um desfecho trágico quando o seu companheiro, Kozuka, foi morto por tiros disparados pela polícia local. No entanto, Onoda escolheu permanecer sozinho na ilha por mais 18 meses, mantendo sua lealdade e cumprindo sua missão. Apenas um encontro inusitado com Norio Suzuki, um explorador japonês, foi capaz de fazer com que Onoda finalmente se rendesse e encerrasse seu longo período de guerrilha.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1974, Onoda retornou ao Japão, onde foi recebido como um herói. Ele se tornou o último soldado japonês a voltar para casa, e sua história de resistência e dedicação ganhou destaque. O lançamento de seu livro de memórias, que rapidamente se tornou um best-seller, e a produção do filme “Onoda – 10 Mil Noites na Selva” ajudaram a eternizar sua saga.

O soldado japonês estabeleceu uma forte conexão com o Brasil, passando quatro décadas entre os dois países. Aqui, casou-se e montou uma fazenda de gado em Mato Grosso do Sul. Sua ligação com o Brasil teve origem na residência de um de seus irmãos, Tadao Onoda, no país no pós-guerra.

Camilo Onoda Caldas, sobrinho-neto de Onoda, relembra os momentos em que viu o soldado pessoalmente, destacando a falta de proximidade devido à idade. Ele ressalta que, inicialmente, Onoda se estabeleceu no Brasil, porém, ao longo dos anos, passou mais tempo no Japão, perdendo o contato com a família que ficou no país sul-americano.

Essa incrível história de sobrevivência e determinação de Hiroo Onoda continuará a inspirar gerações, mostrando o poder da resiliência e da lealdade em circunstâncias extremas. A sua passagem pelo Brasil reforça os laços entre os dois países e deixa um legado de coragem e superação.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo