A sonda americana Odysseus, em sua missão no solo lunar, pode ter seu tempo de operação encurtado devido ao esgotamento das baterias do módulo de alunissagem. Inicialmente programada para durar aproximadamente uma semana, a Intuitive Machines divulgou nesta terça-feira (27) que as baterias poderão se esgotar dentro de 10 a 20 horas.
O momento histórico do pouso da Odysseus na Lua ocorreu na última quinta-feira (22), tornando-se a primeira sonda comercial dos Estados Unidos a realizar essa proeza em mais de 50 anos.
No entanto, especialistas afirmam que o módulo, com mais de quatro metros de altura, possivelmente não pousou verticalmente com seus seis pés, mas acabou virando e caindo de lado.
Em comunicado anterior, a empresa havia mencionado que continuaria a recuperar dados até que os painéis solares do módulo não estivessem mais expostos à luz. Agora, a Intuitive Machines informou que as baterias podem durar mais algumas horas, enquanto ainda tentam determinar o momento exato em que se esgotarão.
As operações em solo lunar estavam inicialmente programadas para sete dias, visando explorar o polo sul da Lua antes do anoitecer.
A Odysseus pousou no ponto mais ao sul do satélite natural da Terra, diferente das missões Apollo, que pousaram mais próximas ao equador lunar. A sonda transporta instrumentos científicos da Nasa, contribuindo para a exploração desse ponto lunar antes da missão Artemis, que visa enviar astronautas ao satélite.
A empresa relatou que a sonda transmitiu eficazmente dados científicos de seus instrumentos a bordo e divulgou uma nova foto feita a 30 metros acima da superfície lunar antes de sua descida.
Além disso, a sonda japonesa Slim, que também pousou de lado no final de janeiro, voltou a funcionar após sobreviver à rigorosa noite lunar equivalente a 14 dias terrestres, conforme anunciado pela agência espacial do Japão, Jaxa, na segunda-feira (26).
