Suíça enfrenta aquecimento duas vezes acima da média global, prejudicando destinos de esqui e elevadores mecânicos







Suíça enfrenta aquecimento acelerado, diz relatório da ONU

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas, a Suíça, um dos principais destinos de esqui, está sofrendo com um aquecimento duas vezes mais rápido do que a média global. Esse cenário é atribuído, em parte, ao fato de que as montanhas suíças estão retendo o calor, alertou o relatório do órgão.

O mês de janeiro deste ano foi excepcionalmente quente, com temperaturas que se mantiveram mais de 2 graus Celsius acima da média entre 1990 e 2020, de acordo com o MeteoSwiss, o escritório federal de meteorologia e climatologia do país. Essa diferença de temperatura equivale a 3,6 graus Fahrenheit.

O meteorologista Christophe Salamin, da MeteoSwiss, comentou que a situação de recordes de temperatura tem se tornado tão comum que o extraordinário muitas vezes passa despercebido. Ele ainda destacou que há anos não se ouve falar de recordes de frio na Suíça.

Na última sexta-feira, o inverno parecia estar chegando ao fim em Dent-de-Vaulion, localidade situada a mais de 1.400 metros acima do nível do mar, com céu limpo e temperaturas amenas, atingindo 9 graus Celsius, muito acima da média para o mês de janeiro, que é de cerca de -1 grau Celsius.

A previsão é de que a próxima semana seja ainda mais quente, com temperaturas em torno de 11 graus Celsius, reforçando o cenário de aquecimento intenso na região.

A Mountain Wilderness, uma ONG dedicada à preservação de áreas montanhosas, alertou no ano passado que 65 elevadores de esqui mecânicos estavam enferrujando devido à ausência de neve e às temperaturas excepcionalmente altas na Suíça.



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