Suprema Corte adia decisão sobre processo de Trump, diminuindo chances de julgamento antes das eleições; especialistas criticam postura conservadora.




Suprema Corte adia decisão de julgamento de Trump

A decisão da Suprema Corte de não marcar as alegações desse processo até o fim de abril reduzem as chances de que um julgamento por subversão, em que ele foi acusado pelo conselheiro especial Jack Smith, possa ser finalizado antes da eleição de 5 de novembro. Trump lidera as primárias republicanas para enfrentar Biden, do Partido Democrata.

Especialistas criticaram a Suprema Corte, cuja maioria conservadora de 6 a 3 inclui três juízes nomeados por Trump: “Eles poderiam ter estabelecido prazos mais agressivos para instalação e alegações, como foi pedido por Smith”, afirmou Leah Litman, professora de Direito da Universidade de Michigan. “Os pedidos de imunidade também são estranhos. Eles poderiam ter rejeitado a entrada do processo se quisessem decidir.”

“Eles rejeitarão o pedido de imunidade”, afirmou Litman, que prevê a decisão mais próxima sendo tomada apenas em maio.

Especialistas afirmam que os juízes teriam que decidir sobre o tema até 1º de junho para permitir que o julgamento de Trump ocorresse antes do dia da eleição.

Com o intuito de evitar atrasos no processo, Smith pediu aos juízes no dia 11 de dezembro que fizessem uma revisão rápida do pedido de imunidade. Trump requisitou que não acelerassem a análise do tema, e eles concordaram com o presidente no dia 22 de dezembro, optando por deixar o processo ir a um tribunal inferior, em vez de decidi-lo imediatamente.

A Corte de Apelações do Distrito de Columbia manteve em 6 de fevereiro a decisão da juíza distrital Tanya Chutkan de rejeitar o pedido de imunidade. Em 12 de fevereiro, então, Trump pediu à Suprema Corte que congelasse a decisão.


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