Suspensão da Télam e censura à imprensa: Argentina cai 26 posições no ranking de liberdade de imprensa.





Presidente argentino suspende agência de notícias e gera controvérsia

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, abordou a polêmica em torno do fechamento temporário da agência de notícias estatal Télam. Adorni afirmou que a presença de correspondentes no interior do país durante o período de licença médica dos funcionários da agência não faz sentido, destacando a importância do bom senso nessas situações.

A decisão de suspender as atividades da Télam foi tomada em 3 de março, logo após o presidente Javier Milei, conhecido por sua posição de extrema direita, anunciar que fecharia a empresa por considerá-la um instrumento de propaganda. Os prédios da agência em Buenos Aires foram cercados e os funcionários dispensados de suas funções, resultando na indisponibilidade do site da Télam, que exibe uma mensagem de “Página em reconstrução”.

Além disso, outras medidas controversas foram adotadas pelo governo argentino, incluindo a suspensão de programas de notícias de fim de semana e a redução do pagamento de horas extras e feriados na Radio Nacional, emissora pública do país. Isso impactou as 49 estações de rádio no interior, que tiveram que cancelar programações e retransmitir conteúdos de Buenos Aires.

Diante dessas ações, a Argentina despencou 26 posições no ranking de liberdade de imprensa, ocupando agora a 66ª posição, conforme revelado no relatório anual da Repórteres Sem Fronteiras no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado nesta sexta-feira.


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