Suspensão de financiamento coloca em risco vida de civis em Gaza, afirma agência da ONU.

Crise humanitária em Gaza: Civis dependem da ajuda da UNRWA para sobreviver

Em meio à crise humanitária na região de Gaza, diversos civis expressam preocupação com a suspensão do financiamento à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA). Sabah Musabih, de 50 anos, declarou: “Se parar, morreremos de fome e ninguém virá nos socorrer”. Suas palavras ecoam o medo e a incerteza enfrentados por muitos na região.

Amal Abdel Moneim, uma refugiada que fugiu da Cidade de Gaza, também expressou sua angústia em relação à dependência da UNRWA. Ela afirmou que “ninguém ajuda os civis, salvo a UNRWA”. Para muitos, a agência representa a única esperança de assistência humanitária em meio à crise. Sem ela, “nosso povo morrerá”, disse Moneim.

A situação torna-se ainda mais delicada com a decisão de vários países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Japão, de suspender o financiamento à agência. Para os habitantes de Gaza, a notícia representa um golpe devastador em sua luta pela sobrevivência.

Além da suspensão do financiamento, Israel comprometeu-se a proibir que a agência siga operando em Gaza depois da guerra. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, anunciou nesta segunda-feira que estava cancelando uma reunião com o diretor da UNRWA, Philippe Lazzarini, prevista para esta semana. Essa medida intensifica a crise humanitária na região, pois limita ainda mais o acesso à assistência essencial.

O ataque do Hamas no sul de Israel também contribuiu para a escalada da crise, causando cerca de 1.140 mortos, sobretudo civis, e incluindo o sequestro de cerca de 250 pessoas que foram levadas a Gaza como reféns. Os números, baseados em dados oficiais israelenses, refletem a gravidade da situação e a urgência de ações para mitigar o impacto devastador sobre a população.

Diante desse cenário desolador, a UNRWA desempenha um papel vital na assistência humanitária à população de Gaza. A suspensão do financiamento à agência e a proibição de sua operação representam ameaças significativas à sobrevivência dos civis na região, que agora enfrentam um futuro incerto e preocupante.

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