A nova controvérsia entre o Canadá e a Índia surgiu após o governo canadense acusar um diplomata indiano de atuar como o chefe da inteligência da Índia no Canadá e ordenar sua expulsão imediata do país. Essa medida provocou uma resposta do governo indiano, que também decidiu expulsar um diplomata canadense da Índia.
No entanto, as acusações do Canadá foram consideradas “absurdas” pelo governo indiano, que alegou que essa é apenas uma tentativa de desviar a atenção das autoridades canadenses sobre a presença de um ativista separatista no país. Jagtar Singh Nijjar, membro de um grupo separatista sikh, é considerado um terrorista pelo governo indiano, mas seus apoiadores negam essas alegações.
O sikhismo é uma religião minoritária na Índia, representando apenas 1,7% da população total do país. No entanto, a maior comunidade sikh fora da Índia está no Canadá, onde eles compõem 2,1% da população. A presença dessa comunidade tem despertado o ativismo separatista, que ganhou força nas décadas de 1970 e 1980, com atos violentos como o assassinato da primeira-ministra da Índia, Indira Gandhi, e a derrubada de um avião da Air India, que resultou na morte de 331 pessoas.
Embora o movimento separatista tenha enfraquecido nos anos seguintes, ele ainda é popular entre alguns sikhs no Punjab e entre a diáspora sikh no Canadá e nos Estados Unidos. Essa situação tem causado tensões entre o governo indiano e o governo canadense, que estão lidando com as questões diplomáticas envolvendo os ativistas sikh.
Essa recente troca de expulsões diplomáticas entre o Canadá e a Índia destaca as tensões e sensibilidades em relação ao separatismo sikh, tanto dentro do território indiano quanto na diáspora sikh no Canadá. A controvérsia continua a se desenrolar, com repercussões políticas e diplomáticas significativas para ambos os países.
