Tensões na Península Coreana aumentam com lançamento de satélite espião pelo Norte e suspensão de acordo militar por Seul.

As relações entre as Coreias estão em um de seus piores momentos, depois que o Norte lançou um satélite espião que levou Seul a suspender parcialmente um acordo militar de 2018 destinado a reduzir as tensões na península.

“Acho que é um erro que não deveríamos seguir cometendo considerar as pessoas que nos declaram como seu ‘principal inimigo’ […] como alguém com quem buscar reconciliação e reunificação”, reportou a KCNA, citando Kim.

O líder norte-coreano ordenou a elaboração de políticas para reorganizar os departamentos que gerenciam os assuntos fronteiriços para “mudar radicalmente de rumo”.

Leif Easley, professor de Relações Internacionais na Ewha University de Seul, afirmou que a ênfase que a Coreia do Norte coloca em suas “significativas capacidades nucleares” busca, na realidade, esconder os escassos êxitos econômicos que o país teve este ano.

“Muito do que publicam os veículos controlados pelo Estado é propaganda”, disse Easley. “A retórica belicosa de Pyongyang sugere que suas medidas militares não têm a ver apenas com a dissuasão, mas também com sua política interna e a coerção internacional”, acrescentou.

No ano passado, o Norte se declarou como uma potência nuclear “irreversível” e, posteriormente, incorporou o esse status à sua Constituição. Pyongyang assegura que seu programa nuclear é crucial para a sua sobrevivência.

As tensões entre as Coreias do Norte e do Sul atingiram um novo patamar nos últimos dias, após o lançamento de um satélite espião pelo Norte, que levou Seul a suspender parcialmente um acordo militar de 2018 destinado a reduzir as tensões na península. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou a reorganização dos departamentos que gerenciam os assuntos fronteiriços, em uma clara indicação de que o país pretende “mudar radicalmente de rumo”.

De acordo com Leif Easley, professor de Relações Internacionais na Ewha University de Seul, a ênfase que a Coreia do Norte coloca em suas capacidades nucleares tem como objetivo esconder os escassos êxitos econômicos que o país teve este ano. Easley ressaltou que muito do que é publicado pelos veículos controlados pelo Estado norte-coreano é propaganda. Segundo ele, a retórica belicosa de Pyongyang sugere que suas medidas militares não têm a ver apenas com a dissuasão, mas também com sua política interna e a coerção internacional.

No ano passado, o Norte se declarou como uma potência nuclear “irreversível” e acrescentou esse status à sua Constituição, argumentando que seu programa nuclear é crucial para a sobrevivência do país. Essa postura é vista como uma estratégia para pressionar os países vizinhos e buscar vantagens diplomáticas, apesar das críticas e sanções da comunidade internacional.

Diante desse cenário, as relações entre as Coreias tendem a se tornar cada vez mais delicadas, o que pode ter impactos significativos na geopolítica da região e nas relações diplomáticas entre os países envolvidos. A comunidade internacional, por sua vez, deve manter-se atenta aos desdobramentos desse conflito e buscar soluções diplomáticas para evitar um agravamento da situação na península coreana.

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