“O governo brasileiro lamenta e manifesta seu profundo pesar com a morte da cidadã brasileira Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, terceira vítima fatal brasileira dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil”.
Karla, que possuía nacionalidade israelense, vivia há seis anos com seu namorado. Ela deixou um filho de 19 anos, que serve no Exército de Israel. A vítima brasileira era a única desaparecida desde o início dos conflitos. Além dela e de Azulay, o gaúcho Ranani Nidejelski Glazer e a carioca Bruna Valeanu, de 24 anos, também foram mortos.
O governo brasileiro tem se empenhado em repatriar seus cidadãos que estão em Israel e na Faixa de Gaza. O terceiro avião da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou ao Brasil nesta sexta-feira, trazendo 70 passageiros embarcados em Tel Aviv. Cinco pessoas desembarcaram em Recife por volta das 6h, e as demais devem chegar à Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, por volta das 12h.
Até o momento, quase 500 brasileiros já retornaram do solo israelense nos três voos organizados pelo governo. Estão previstos mais dois voos até domingo (15). A FAB também está empenhada em repatriar os brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza. Uma aeronave VC-2 (Embraer 190) está pronta, no Aeroporto de Roma, aguardando a autorização das autoridades egípcias para realizar a operação. O avião pousará no Egito, já que a previsão é que os brasileiros deixem Gaza pelo posto de fronteira de Rafah, que conecta Gaza à Península do Sinai, no território egípcio. Até o momento, 22 brasileiros em Gaza manifestaram o desejo de retornar ao país.
O momento é de grande tensão. As Forças de Defesa de Israel notificaram a Organização das Nações Unidas (ONU) de que toda a população palestina ao norte de Gaza deve se mudar para o sul dentro de 24 horas, indicando uma possível invasão terrestre. Cerca de 1,1 milhão de pessoas vivem nessa área. A ONU considera impossível que essa movimentação ocorra sem graves consequências humanitárias. Até o momento, aproximadamente 3 mil pessoas foram mortas nos confrontos, sendo a maioria mulheres e crianças.
