No aeroporto, centenas de apoiadores vestidos de vermelho aguardavam com entusiasmo a chegada do político. Em clima festivo, eles recepcionaram Thaksin com sorrisos, danças e canções. Em um gesto de respeito, ele se curvou diante de um retrato do rei Maha Vajiralongkorn e colocou uma guirlanda de flores em frente à imagem.
Thaksin viu sua ascensão política interrompida em 2006, quando foi deposto por um golpe militar. Desde então, ele vive fora da Tailândia, enquanto enfrenta uma série de acusações de corrupção movidas por seus detratores. As condenações somam um total de dez anos de prisão, porém, duas das penas parecem ser incompatíveis.
No entanto, o regresso de Thaksin pode abrir caminho para um ajuste ou redução de sua pena, especialmente com a volta ao poder do partido político associado a sua família, o Pheu Thai. O partido está em negociações para formar uma coalizão governante após as eleições legislativas de maio, que resultaram em um revés para os militares que estavam no poder há uma década.
Srettha Thavisin, membro do Pheu Thai, foi o único candidato ao cargo de primeiro-ministro, sendo indicado para o cargo no Parlamento. Ele liderou uma coligação controversa, que combina partidos pró-democracia e pró-exército, mas não conta com o apoio do partido reformista Move Forward, que venceu as eleições.
Essa aliança permite a manutenção do governo militar, que em troca teria permitido o regresso de Thaksin ao país. Com a possibilidade de ter aliados políticos no poder, Thaksin espera que suas condenações sejam revistas ou revogadas.
Embora ainda seja incerto qual será o desfecho do regresso de Thaksin, o retorno do ex-primeiro-ministro marca um momento importante na política tailandesa, trazendo consigo a promessa de mudanças e disputas políticas acirradas nos próximos meses. A questão sobre o futuro de Thaksin e sua influência no país continua em aberto, mas é indiscutível que seu retorno tem o potencial de alterar significativamente o cenário político na Tailândia.
