Diferente de outros artistas do pop, como Rosalía, The Weeknd foi mostrado apenas em um telão pequeno, posicionado na lateral do palco. O cantor entrou no palco exibindo um visual de outro planeta, com um braço revestido por uma cobertura prateada e um capacete ao estilo Daft Punk. Levou exatamente uma hora para que ele exibisse o rosto.
O show foi ágil e fluido, com mais de 40 músicas em cerca de duas horas de apresentação. As canções foram costuradas umas nas outras sem tempo para respiro. Acompanhado por uma banda de baixo, teclado e bateria, The Weeknd apresentou um repertório centrado na última década de sua carreira. Entre as músicas, ocorreram citações de colaborações dele em músicas de outros artistas.
A plateia teve momentos de êxtase com hits como “Can’t Feel my Face” e “Blinding Lights”, mas também momentos de indiferença. O público, em diversos momentos, preferiu filmar o cantor ou se filmar curtindo o show ao invés de realmente pular ou cantar junto com as músicas. Mesmo assim, a badalação em torno do nome de The Weeknd se comprovou com a espera e a empolgação presente durante os hits.
O espetáculo, de certa forma, casou com o tempo de atenção do público atual, que tem a duração de um vídeo do TikTok. O show foi apressado, com performances curtas, o que não deu tempo para que o público ficasse entediado. A impressão geral foi de um show visualmente incrível, mas musicalmente menos interessante ao vivo do que em estúdio.
The Weeknd se apresenta novamente no Allianz Parque nesta quarta-feira (11), encerrando sua passagem pelo Brasil.
