Na última quarta-feira, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez sua primeira aparição pública desde que foi condenado financeiramente pelo juiz Arthur Engoron. Durante o discurso para seus apoiadores, Trump afirmou, sem apresentar provas concretas, que o juiz faz parte de uma conspiração de “esquerda” com o intuito de impedir que ele se torne presidente novamente.
Trump, que é favorito à nomeação do seu partido à Casa Branca, também destacou que a condenação representa um ataque não apenas a ele, mas a todos os americanos. O ex-presidente republicano ressaltou que acredita que as investigações e decisões judiciais contra ele são motivadas por interesses políticos escusos.
Além disso, Trump retomou o discurso de que sua derrota nas eleições de 2020 para o presidente democrata dos EUA, Joe Biden, foi resultado de fraude eleitoral, reforçando a tese de que não aceita o veredicto das urnas.
A decisão de Engoron também impôs uma proibição a Trump, impedindo-o de atuar como executivo ou diretor de qualquer empresa em Nova York pelos próximos três anos. O juiz, ao se referir a Trump e os co-réus, afirmou que a completa falta de contrição e remorso do ex-presidente beira o patológico.
Por sua vez, a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, acusou Trump e as empresas de sua família de exagerarem seu patrimônio líquido em até 3,6 bilhões de dólares por ano, ao longo de uma década, com o objetivo de enganar os bancos e obter vantagens indevidas em condições de crédito.
(Reportagem de Nathan Layne e Gram Slattery; reportagem adicional de Jason Lange; texto de Tim Reid)
