Donald Trump busca novo vice-presidente para possível candidatura em 2024

No ano de 2021, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou a seu então vice-presidente, Mike Pence, que descartasse os votos do colégio eleitoral, a fim de impedir a confirmação pelo Congresso da vitória de Joe Biden. Pence se recusou, alegando não ter autoridade para tal ato.

Agora, Trump busca um novo vice em quem possa depositar total confiança para futuras empreitadas políticas.

Após uma vitória expressiva em 14 dos 15 estados na Super Terça, o que levou à desistência de sua única concorrente restante, Nikki Haley, especula-se sobre quem poderá ser o próximo nome na chapa republicana em uma possível candidatura à Presidência em 2024.

O papel do vice-presidente torna-se crucial, considerando os desdobramentos dos processos criminais que ainda pendem sobre Trump. Caso o empresário seja condenado após a eleição, uma das possibilidades é que o vice assuma a presidência.

Nomes como os senadores Tim Scott e J.D. Vance, a deputada Elise Stefanik, a governadora Kristi Noem, e a candidata derrotada ao governo do Arizona Kari Lake são os mais cotados nesse momento para figurar como potenciais vices na chapa republicana.

Dentre as possibilidades está também a deputada Marjorie Taylor-Greene, o ex-âncora da Fox News Tucker Carlson e o empresário Vivek Ramaswamy. No entanto, a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, já descartou a possibilidade de ser escolhida como vice.

Tim Scott poderia ajudar Trump a angariar votos entre o eleitorado negro, enquanto Elise Stefanik, além de ser mulher, poderia atrair votos do eleitorado feminino nos subúrbios, um grupo que se mostrou decisivo contra Trump na última eleição.

Por outro lado, Kari Lake, uma figura carismática e popular, traz consigo a vantagem de quase ter vencido a eleição para governadora do Arizona e ser uma figura negra, fatores que poderiam conquistar mais eleitores em uma possível campanha em 2024.

Convenção de Biden no Estado da União em destaque

Após a vitória avassaladora de Biden nos estados da Super Terça, a atenção se volta para o discurso do Estado da União, marcado para a noite desta quinta-feira (7). O evento é considerado um dos mais importantes do calendário político dos EUA, onde o presidente presta contas sobre sua gestão perante o Congresso.

Para a campanha de Biden, o discurso representa uma oportunidade de defender suas conquistas, rebater críticas e oferecer uma perspectiva de futuro. Entre os temas que devem ser abordados estão a redução de preços de remédios, o aborto, a escassez de semicondutores, a imigração e a consolidação da democracia.

Convidados especiais, como mulheres que buscaram clínicas de aborto em outros estados e a viúva do líder opositor russo Alexei Navalni, terão presença no evento, que também servirá para reforçar as prioridades do governo Biden.