Na terça-feira, observadores políticos esperavam que o ex-presidente Donald Trump garantisse a indicação do Partido Republicano, uma vez que quatro Estados realizaram primárias, incluindo a Geórgia. Neste estado, Trump está enfrentando acusações criminais por seus esforços para reverter os resultados das eleições de 2020.

A situação dentro do Partido Republicano parece ter se definido, já que a última rival de Trump para a indicação, a ex-embaixadora na ONU Nikki Haley, encerrou sua campanha presidencial após a derrota do ex-presidente na Superterça. Trump saiu vitorioso em 14 das 15 disputas estaduais na semana passada.

Por outro lado, o presidente Joe Biden enfrentou pouca oposição simbólica durante as primárias democratas. No entanto, ativistas progressistas descontentes com seu apoio à guerra de Israel em Gaza conseguiram convencer uma minoria considerável de democratas a votar “descomprometidos” em protesto.

Ambos os candidatos já estão concentrando seus esforços nas eleições gerais que acontecerão em 5 de novembro, realizando comícios na Geórgia no último sábado.

Durante seu discurso no Estado, Trump, de 77 anos, reiterou sua falsa alegação de fraude nas eleições de 2020 e acusou a procuradora do condado de Fulton, Fani Willis, de perseguição política. Ele também criticou Biden por sua abordagem em relação à fronteira sul dos EUA, um tema que pretende manter em destaque, assim como fez em sua campanha de 2020.

Biden, de 81 anos, que se apresentou em Atlanta, abordou temas semelhantes aos discursos anteriores, alertando sobre o perigo que Trump representa para a democracia dos EUA e criticando a retórica inflamatória do ex-presidente em relação aos migrantes.