O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta a terceira campanha à Casa Branca em meio a acusações criminais, utilizando a atenção da imprensa para destacar suas alegações de perseguição judicial. A estratégia do mandatário é se mostrar presidenciável ao se reunir com líderes ou enviados de aliados, mesmo diante das dezenas de acusações em quatro casos criminais contra ele.
A cobertura midiática do julgamento de Trump vem acompanhando de perto os procedimentos, com a mídia proibida de televisionar o evento. Apesar disso, Trump tem tentado maximizar sua exposição, aproveitando cada momento diante das câmeras para apresentar sua campanha, como em suas visitas encenadas a locais públicos e em encontros com trabalhadores sindicais.
A consultora republicana Jeanette Hoffman destacou a estratégia da campanha de Trump em aproveitar a grande audiência proporcionada pela cobertura midiática, mesmo durante o julgamento. Segundo ela, ainda que a presença do candidato no tribunal não seja ideal, a equipe está sendo inteligente em maximizar a exposição positiva nas câmeras nesse período.
Apesar dos esforços para manter a agenda de campanha ativa, Trump não realizou comícios desde o início do julgamento, com apenas dois eventos planejados para a próxima semana em Estados importantes. Uma tempestade recente obrigou o adiamento de um comício na Carolina do Norte. Em seu único dia de folga, o presidente optou por jogar golfe, em meio a pesquisas que indicam riscos políticos decorrentes do julgamento.
As recentes pesquisas de opinião sugerem que a situação jurídica de Trump pode impactar seu apoio entre eleitores republicanos. Caso se torne um criminoso condenado, o presidente poderia enfrentar dificuldades na disputa com o democrata Joe Biden. A revanche eleitoral, marcada para 5 de novembro, promete ser acirrada e decisiva para o futuro político dos Estados Unidos.
