Enquanto a guerra se arrasta sem grandes avanços, fica cada vez mais difícil para o Ocidente conciliar sua retórica belicista com suas ações hesitantes. O encontro de Vilnius, que ocorreu recentemente, foi marcado por essa contradição. A OTAN prometeu intensificar o apoio à Ucrânia, mas sem estabelecer um prazo claro para o convite ou a adesão do país à organização. O presidente Volodymyr Zelensky expressou sua frustração com essa falta de comprometimento, destacando a falta de coesão da aliança militar.
O cenário atual revela a divisão latente na aliança ocidental. Enquanto os EUA estão focados na ascensão da China como um desafio sistêmico, países da Europa Central e do Leste Europeu continuam com uma postura agressiva em relação à Rússia. No entanto, países da Europa Ocidental têm adotado uma política mais suave de “redução de risco” por medo das consequências econômicas de confrontar a China.
O encontro de Vilnius deixou claro que a suposta unidade ocidental invocada desde o início da guerra na Ucrânia em 2022 tem limitações. Embora os aliados estejam unidos contra a invasão russa, há várias áreas de discórdia e conflito dentro da aliança. A OTAN parece mais interessada em vencer a guerra de relações públicas do que em realmente resolver o conflito.
Essa abordagem fragmentada e hesitante do Ocidente em relação à Ucrânia e à Rússia só contribui para prolongar a guerra e aumentar o sofrimento do povo ucraniano. É necessário um comprometimento mais forte e consistente por parte dos países ocidentais para garantir uma solução duradoura e justa para o conflito. Caso contrário, a guerra na Ucrânia continuará sem um fim à vista.