De acordo com o advogado Marco Aurélio de Carvalho, que representa a Unisa, o processo corre em segredo de Justiça e a decisão é de reintegração. Ele afirma que houve um pedido de instauração de comissão de segurança e os alunos terão o direito de se defenderem e apresentarem provas de seu envolvimento e não sofrerem penalidade.
Segundo a coluna Mônica Bergamo, a instituição já analisava a possibilidade de retorno de pelo menos seis alunos antes mesmo da decisão judicial.
Carvalho reconhece os problemas sérios causados pelos trotes e defende a realização de um pacto pelo fim dessas práticas. Ele destaca que a Unisa tem feito um grande trabalho para evitar o clima de hostilidade por meio do programa de Tolerância Zero contra o trote. O advogado ressalta que existem campanhas em todas as unidades da universidade, envolvendo calouros, veteranos e famílias, e que é necessário enfrentar essa questão.
O advogado também afirma que os recentes episódios devem fortalecer as campanhas contra trotes discriminatórios, violentos e indesejáveis, que já estão em andamento desde 2017. Ele se compromete a liderar um pacto nacional contra o trote violento.
O caso que motivou a expulsão dos alunos ocorreu em abril deste ano, durante um jogo de uma equipe feminina da Universidade em São Carlos, São Paulo. Os estudantes teriam sido obrigados a ficar nus como parte de uma série de imposições feitas pelos veteranos aos calouros.
A Unisa recebeu uma notificação do Ministério da Educação para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. Outra universidade envolvida no caso, o Centro Universitário São Camilo, teve alguns de seus alunos flagrados mostrando as nádegas em um evento esportivo. A São Camilo foi notificada pelo MEC, mas não expulsou os alunos, apenas suspendeu a participação deles em jogos universitários.
A Unisa, por sua vez, decidiu pela expulsão dos alunos identificados nas imagens. O advogado Carvalho afirma que é necessário reforçar o combate a esse tipo de trote e liderar um pacto nacional contra essa prática violenta.
