O líder da Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatizou a importância da vacina como uma ferramenta adicional para controlar a doença. Ele destacou que, ao contrário da covid-19, que é transmitida de pessoa para pessoa, a dengue é transmitida por mosquitos. Portanto, outras medidas complementares, como a vigilância ambiental e o controle de vetores, continuam sendo essenciais para prevenir surtos de dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, como chikungunya e Zika.
Especialistas em saúde pública alertaram que as mudanças climáticas têm impactado a propagação da dengue. Em zonas tropicais e subtropicais, as estações se tornaram mais secas ou chuvosas, mais quentes e mais longas, prolongando assim as temporadas de transmissão da dengue. Além disso, o aumento das temperaturas tem permitido que o mosquito da dengue alcance altitudes mais elevadas, expondo novas populações anteriormente não afetadas pela doença. Esse fenômeno aumenta a probabilidade de surtos de dengue em novas áreas.
Internacionalmente, a propagação da dengue também está sendo observada. Na Itália, por exemplo, as infecções estão aumentando devido à tropicalização do clima e à globalização das viagens. Especialistas alertam para a subestimação do número real de casos e destacam a necessidade de medidas eficazes de controle e prevenção da dengue.
Na França, os especialistas destacaram que o risco de infecção por dengue também está aumentando, principalmente em áreas subtropicais. Eles preveem um aumento no número de infecções locais ao longo dos anos e alertam para a necessidade de vigilância e prevenção.
A vacinação contra a dengue no Brasil é aguardada com expectativa, e as autoridades de saúde estão adotando medidas para garantir que as doses sejam distribuídas de maneira eficiente e equitativa. Espera-se que essa iniciativa desempenhe um papel fundamental na redução da ocorrência de dengue no país e proteja as populações afetadas.