Violência policial em São Paulo: Entidades civis denunciam execuções, tortura e omissão de socorro. Tarcísio e Derrite ignoram críticas e justificam ações.






Polêmica envolvendo mortes pela polícia em São Paulo

Polêmica envolvendo mortes pela polícia em São Paulo

Nos últimos meses, a cidade de São Paulo tem sido palco de intensos debates e polêmicas em relação às mortes decorrentes de ações policiais. Moradores, a ouvidoria da polícia, o Ministério Público e entidades civis têm apontado que há inocentes entre os mortos, além de casos de execução, omissão de socorro, invasão de domicílios e tortura. Essas denúncias levaram as violações aos Direitos Humanos ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas a resposta do governador Tarcísio de Freitas foi contundente: “Tô nem aí”.

O capitão Derrite, por sua vez, defendeu a atuação policial ao mencionar os policiais mortos em cumprimento de sua missão. Segundo ele, é preciso enxergar a “vida real” e não um mundo utópico ao falar sobre o número de mortes causadas pela polícia. Essa visão levanta questionamentos sobre a justificativa da violência policial em resposta à violência praticada por criminosos.

A lógica apresentada pelo secretário de Segurança, que busca justificar a brutalidade policial com base na selvageria da bandidagem, é questionável. A ideia de que a polícia precisa matar quem mata evidencia uma abordagem extremista e perigosa, que transforma cada cidadão em cúmplice de assassinatos estatais.

Mesmo que todos os mortos pela polícia sejam criminosos, é importante ressaltar que os tiros que matam bandidos não extinguem o crime. A postura de indiferença do governador e do secretário de Segurança em relação às mortes pela polícia contribui para a imagem do “escracho policial” como uma marca de São Paulo.

Diante disso, é essencial reavaliar a abordagem adotada, pois a equiparação entre policiais e bandidos não é a solução para reduzir a criminalidade. A reciprocidade animal não deve prevalecer sobre a justiça e a segurança da sociedade, e critérios claros e respeito aos Direitos Humanos são fundamentais para garantir uma atuação policial justa e eficaz.


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