Violência policial em São Paulo: Organizações civis denunciam operação com “execuções sumárias” e “torturas” ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.




Massacre em São Paulo: Organizações civis pedem o fim da operação policial

No dia 8 de março, organizações civis fizeram um apelo ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, solicitando o término de uma operação policial em São Paulo. As entidades denunciaram graves violações, como “execuções sumárias” e “torturas”.

Um relatório da Defensoria Pública de São Paulo e de ONGs alertou para o que foi descrito como o “maior massacre” no estado mais populoso do Brasil desde a tragédia ocorrida no complexo do Carandiru em 1992, na qual mais de cem presos perderam a vida.

Beatriz da Silva, em relato emocionante, contestou a versão oficial sobre a morte de seu marido em fevereiro, aos 36 anos, pai de três filhos. “Falaram que houve troca de tiros, mas não teve troca de tiros. É mentira”, afirmou. Segundo ela, seu marido, que usava muletas, já havia cumprido pena por tráfico de drogas, mas não mantinha mais vínculos com essa atividade. Ela descreveu que, ao encontrá-lo agonizando, os policiais presentes no local não permitiram que fosse socorrido e nada fizeram para ajudá-lo.

– “Estamos muito tranquilos” –

Em defesa da operação policial, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou: “Nós temos muita tranquilidade em relação ao que está sendo feito. E aí, o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não estou nem aí”.


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