A votação do projeto de lei do novo DPVAT e a liberação de R$ 15,7 bilhões ao governo foram adiadas para a próxima semana por decisão do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre. A decisão foi anunciada durante uma sessão da comissão convocada exclusivamente para a análise do texto.
O adiamento ocorreu em um momento de tensão na relação do Senado com o governo Lula. Na semana anterior, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, criticou o governo por levar a desoneração da folha de pagamentos ao Supremo Tribunal Federal, elevando o tom contra a administração petista.
Alcolumbre justificou o adiamento dizendo que houve erros de comunicação sobre a urgência constitucional do projeto, o que atrapalhou a tramitação. Ele afirmou que as Mesas da Câmara e do Senado inicialmente informaram que o texto tinha urgência, mas depois corrigiram essa informação.
Com a solicitação de urgência constitucional feita pelo governo Lula em 25 de abril, Alcolumbre indicou que senadores da oposição argumentaram a necessidade de mais tempo para apresentar sugestões de mudanças no projeto do DPVAT. Dessa forma, a votação do projeto foi adiada.
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O líder do Governo no Senado, Jaques Wagner, concordou com a decisão de Alcolumbre, destacando a importância da aprovação do projeto antes da sessão sobre vetos do Orçamento. A relação entre os projetos está no fato de que o governo precisa da liberação de verbas para o pagamento de emendas, incluindo um acordo para a derrubada parcial de um veto de R$ 5,6 bilhões em emendas da comissão.