No Rio, a Doce Maravilha celebra repertórios icônicos de Xuxa, Rita Lee e Tim Maia em noite de pura magia.

A nostalgia permeou o segundo dia do festival Doce Maravilha, que aconteceu na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, e celebrou o álbum “Transa” de Caetano Veloso. Desde a abertura dos palcos, com Michael Sullivan tocando seus sucessos compostos para artistas como Xuxa e Tim Maia, até o show de Marcelo D2, que antecedeu o de Caetano, a atmosfera nostálgica envolveu o público presente. O evento também contou com uma homenagem à Rita Lee feita pela Orquestra Imperial e um encontro entre Liniker e Péricles.

Sullivan iniciou o dia às 15h45 para uma plateia relativamente pequena, que incluía pessoas que desconheciam o músico. Porém, não demorou muito para que o público percebesse sua importância na música brasileira. Com um competente baile, ele apresentou sucessos de Tim Maia, como “Um Dia de Domingo” e “Me Dê Motivo”, composições realizadas em parceria com Paulo Massadas. As canções românticas tocaram o coração da plateia, que cantou junto mesmo debaixo da chuva. A atmosfera nostálgica se manteve quando Sullivan interpretou músicas de Xuxa, de quem foi produtor e compositor por duas décadas. Temas como o do “Xou da Xuxa”, “Lua de Cristal” e “He-Man” foram recebidos como parte do legado cultural brasileiro.

Por outro lado, João Gomes trouxe consigo uma nostalgia diferente. Sua apresentação foi marcada por uma estética que remete às feiras populares, com luzes coloridas e formas diversas. O cantor vestia roupas simples, típicas das ruas, e sua música é uma combinação de gêneros populares do interior do Brasil. Suas letras abordam as dores do amor com leveza e esperteza, além de transmitirem sabedoria com um toque de humor. O carisma do cantor foi evidente quando ele convidou um menino da plateia para subir ao palco e quando cantou “Boa Sorte (Good Luck)” ao lado de Vanessa da Mata, brincando com sua dificuldade em falar inglês.

A homenagem prestada por Orquestra Imperial à Rita Lee foi um verdadeiro baile, com arranjos originais que respeitavam a inventividade e alegria presentes nas músicas da cantora. Hits como “Corre Corre” e “Chega Mais” embalaram a plateia, que também pôde apreciar os figurinos usados pela banda, relembrando trajes históricos de Rita.

Apesar dos contratempos, como a ventania no sábado e a chuva no domingo, o festival Doce Maravilha se destacou pela sua proposta nostálgica, resgatando sucessos musicais que marcaram diferentes gerações. Os artistas envolvidos conseguiram transportar o público para momentos importantes da música brasileira, despertando memórias afetivas e celebrando o legado cultural do país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo