A natação na Copa do Mundo terá nova categoria inclusiva para atletas trans, promovendo a igualdade e respeito na competição.

A World Aquatics, antiga Fina (Federação Internacional de Esportes Aquáticos), divulgou hoje uma importante novidade para a Copa do Mundo de natação deste ano, que acontecerá entre 6 e 8 de outubro em Berlim, na Alemanha. A competição contará com uma categoria “aberta”, permitindo a participação de atletas transgênero.

Essa iniciativa piloto proporcionará a inclusão de nadadores transgênero nas provas de 50 e 100 metros, em todos os estilos, com a possibilidade de incluir outras disputas. Os participantes devem estar filiados a uma federação internacional e poderão competir individualmente ou representando o país ou clube ao qual pertencem.

O presidente da World Aquatics, Husain Al-Musallam, enfatizou o compromisso da entidade em explorar a criação de uma categoria aberta, conforme estabelecido anteriormente pela federação. Segundo Al-Musallam, uma equipe de especialistas trabalhou arduamente para tornar essa iniciativa uma realidade.

A medida foi celebrada pelo vice-presidente da Federação Alemã de Natação, Kai Morgenroth, que destacou a importância de sediar um evento onde os nadadores possam competir sem barreiras. Berlim, conhecida por ser um centro de diversidade e inclusão na Alemanha, foi considerada o local perfeito para esse projeto progressista.

A discussão sobre a participação de atletas transgênero em competições oficiais de natação ganhou destaque em março do ano passado, quando a nadadora norte-americana Lia Thomas venceu a prova dos 500m livre na NCAA (Associação Atlética Universitária Nacional). Ela se tornou a primeira nadadora transgênero a conquistar um título nacional na modalidade.

Após esse feito, a entidade internacional anunciou restrições para a participação de mulheres trans que tiveram a puberdade masculina, ou seja, que não tenham concluído a transição de gênero antes dos 12 anos. Em março deste ano, a World Athletics, a Federação Internacional de Atletismo, tomou uma decisão semelhante.

É importante ressaltar que essa medida da World Aquatics é um passo significativo em direção à inclusão e à quebra de barreiras no esporte. A categoria “aberta” na Copa do Mundo de natação deste ano promete ser um marco importante para os atletas transgênero que desejam competir em nível mundial.

Essa iniciativa mostra o compromisso da World Aquatics em promover a diversidade e a inclusão no esporte, dando a todos a oportunidade de competir e demonstrar seu talento nas piscinas. É esperado que outras federações e entidades esportivas sigam esse exemplo e adotem medidas similares, visando construir um ambiente esportivo mais inclusivo e justo para todos os atletas.

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