Lamentável perda do ícone do jornalismo esportivo catarinense, o renomado narrador e comentarista, que nos deixa hoje. Mortes impactantes.





Um dos maiores nomes do jornalismo esportivo de Santa Catarina, Miguel Livramento, faleceu aos 81 anos. Com mais de 50 anos de carreira, Livramento atuou como repórter, narrador e comentarista em diversas rádios e emissoras de televisão do estado.

Nascido em Biguaçu, na região metropolitana de Florianópolis, Livramento começou sua trajetória no jornalismo por acaso. Em 1971, trabalhando em uma loja de eletrodomésticos no centro da capital, ele ouviu uma informação errada sobre seu time do coração, o Avaí, em uma transmissão da Rádio Anita Garibaldi. Insatisfeito, ligou para o locutor e teve a oportunidade de corrigir a notícia ao vivo.

A experiência despertou em Livramento o desejo de atuar no rádio. Ele começou dando a hora certa e chamando a próxima atração em uma emissora local durante o almoço. Após alguns convites para comentar jogos, em 1972, Livramento foi contratado como repórter esportivo da Rádio Jornal A Verdade.

A partir de então, ele passou por várias emissoras de rádio, como CBN Florianópolis e Rádio Guarujá, e também atuou na televisão, nas emissoras TV Barriga Verde, RBS TV (atualmente NSCTV), SCC e NDTV. Sua estreia na telinha ocorreu em 1978, pela TV Cultura. Miguel Livramento também foi colunista do jornal Hora de Santa Catarina.

Porém, sua maior parceria no jornalismo esportivo foi ao lado de Roberto Alves. Juntos, trabalharam por quase 40 anos na RCE TV. “Formamos uma dupla na RCE TV por quase 40 anos. Em determinado momento, fomos para lados diferentes, mas continuamos grandes amigos. Ele era um profissional diferenciado, correto, muito popular e que dignificou a comunicação, o rádio e a televisão”, afirmou Alves.

Miguel Livramento era conhecido pela sua irreverência e carisma. A partir de 1976, ele começou a narrar partidas de futebol e criou alguns bordões que ficaram marcados, como “Esse Avaí faz coisa”, “Conta aqui para o bonequinho” e “Se isso aí não é pênalti, a minha vó é uma bicicleta”.

Nas mesas redondas, Livramento não media palavras em seus comentários e críticas, sempre defendendo o Avaí, clube do coração. Sua postura polêmica o tornou uma figura bastante conhecida no meio esportivo catarinense.

Nos últimos tempos, Miguel Livramento enfrentava problemas de saúde devido ao enfisema pulmonar, adquirido em decorrência de anos de tabagismo. Após uma bronquite, seu pulmão ficou congestionado e ele começou a ter crises de tosse e falta de ar. Mesmo após receber antibióticos, seu estado piorou e ele veio a falecer em 2 de agosto, às 20h56, devido a uma parada cardiorrespiratória.

Roberto Alves revelou ter conversado com Livramento pouco antes de seu falecimento, percebendo que parecia uma despedida. “Na véspera de morrer, eu falei com ele por 30 minutos, e parecia que estava se despedindo. Ele não estava no rádio nem na TV e sentia a falta do dia a dia”, relatou Alves.

Miguel Aroldo Livramento deixa como legado sua ex-mulher, Doroti das Neves Livramento, quatro filhos (Márcio, Marcos, Marcelo e Mauro), além do neto Davi e da atual esposa, Rosa.

Fonte: coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo