No primeiro semestre, a Caixa registrou um aumento de 3,2% no lucro, totalizando R$ 4,5 bilhões.

No primeiro semestre deste ano, a Caixa Econômica Federal, principal banco no crédito imobiliário do país, registrou um lucro líquido de R$ 4,5 bilhões, representando um aumento de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Apenas no segundo trimestre, a instituição obteve um lucro de R$ 2,6 bilhões, o que representa um aumento de 40,9% em comparação ao mesmo trimestre de 2022.

Os dados foram divulgados pela Caixa em um balanço divulgado na última quarta-feira (16). A carteira de crédito total do banco encerrou o mês de junho em R$ 1,062 trilhão, uma alta de 14,4% em relação aos últimos 12 meses. Em relação à concessão de crédito, a instituição emprestou R$ 259,1 bilhões no primeiro semestre, um aumento de 8,5% em relação ao mesmo período de 2022. No segundo trimestre, os empréstimos totalizaram R$ 132,5 bilhões, representando um aumento de 1,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Do valor total de crédito concedido, R$ 682,8 bilhões foram destinados ao crédito imobiliário, que é o principal segmento do banco e apresentou um crescimento de 15% em relação a junho do ano passado. No primeiro semestre, foram concedidos R$ 85,4 bilhões em financiamentos imobiliários, que somam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS), representando um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2022.

A Caixa foi responsável por 67,5% dos financiamentos imobiliários em todo o país no primeiro semestre. No Programa Minha Casa, Minha Vida, voltado para famílias de baixa renda, o banco detém 99% de participação de mercado. Segundo a instituição, o crédito imobiliário beneficiou 1,3 milhão de pessoas com a aquisição da casa própria no primeiro semestre, também contribuindo para a criação de 581,1 mil empregos.

Além do crédito imobiliário, outras linhas de crédito também tiveram desempenho positivo. O crédito ao agronegócio registrou um saldo de R$ 49,4 bilhões, representando um aumento de 60,5%. O crédito consignado atingiu um saldo de R$ 102,8 bilhões, com um crescimento de 13,5%. Já o crédito para infraestrutura totalizou R$ 98,5 bilhões, um aumento de 5,3% no final de junho.

Em relação às receitas e despesas, as receitas com prestação de serviços alcançaram R$ 12,5 bilhões no primeiro semestre, um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as despesas administrativas, incluindo despesas de pessoal e outras administrativas, totalizaram R$ 19,8 bilhões, representando um aumento de 10,5% em relação aos primeiros seis meses de 2022.

No que diz respeito à inadimplência, as operações com mais de 90 dias de atraso subiram de 1,73% no primeiro semestre de 2022 para 2,71% no mesmo período deste ano. No entanto, a Caixa ressalta que esse aumento é resultado de um caso específico e que, excluindo esse caso, o índice ficaria em 2,46%. Não foi informado pelo banco se esse caso trata-se do consignado do auxílio emergencial, concedido em outubro do ano passado, cuja inadimplência persiste no decorrer deste ano.

Apenas considerando o crédito imobiliário, o índice de operações com mais de 90 dias de atraso foi de 2,1%. A Caixa destaca que 95% dos financiamentos do setor possuem nota entre AA e C, o que indica ausência de calote, embora notas B e C representem risco de inadimplência.

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