Cidades de Mauá, Ribeirão e Rio Grande clamam por expansão das farmácias de alto custo para atender as demandas locais.

A partir do fim deste ano, a cidade de Diadema, localizada na região do ABC Paulista, contará com uma farmácia de alto custo no campus da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Essa iniciativa representa um avanço para a população local, pois até então, apenas as cidades de Santo André e São Bernardo possuíam esse tipo de estabelecimento na região.

Essa falta de opções de farmácias de alto custo tem gerado uma dificuldade para os moradores de Ribeirão Pires, Mauá e Rio Grande da Serra, que precisam se deslocar para outras cidades para retirar seus medicamentos. Jandira Paz da Fonseca, moradora de Ribeirão Pires, relata que por anos precisou se deslocar até Santo André para buscar remédios para o controle do diabetes de seu pai. Além do incômodo do deslocamento, ela também tinha que gastar dinheiro com transporte público, o que se tornava um fardo para a família, principalmente durante a pandemia, quando o desemprego estava alto.

Jandira também destaca a dificuldade de encontrar os medicamentos nas farmácias de alto custo. Muitas vezes ela chegava ao Hospital Mário Covas, em Santo André, e encontrava o estoque vazio, sem aviso prévio. Além disso, enfrentava longas filas para retirar os remédios. Ela acredita que se houvesse uma farmácia de alto custo em sua cidade, ou em uma cidade mais próxima, teria economizado tempo e dinheiro.

Elaine Cristina Franco de Godoi, moradora de Santo André, também enfrenta problemas para retirar medicamentos, mesmo morando na cidade que possui farmácia de alto custo. Segundo ela, há meses em que não conseguem receber o remédio na farmácia, pois alegam falta de estoque. Com isso, eles precisam comprar o medicamento com dinheiro próprio, o que não estava previsto no orçamento da família.

Diante dessa situação, a Secretaria de Saúde do Estado respondeu que o último pedido de medicamento do paciente mencionado foi finalizado em 26 de abril e que é responsabilidade do Ministério da Saúde a aquisição e distribuição desse medicamento. A secretaria afirma que está cobrando uma solução para o problema.

No entanto, há boas notícias para os moradores da região. Com a nova farmácia de alto custo em Diadema, cerca de 6 mil pacientes que atualmente retiravam seus medicamentos em Santo André serão atendidos na cidade. No entanto, cidades como São Caetano informaram que não há previsão de ampliação de unidades, pois avaliam que a estrutura atual é satisfatória.

Ribeirão Pires, Mauá e Rio Grande da Serra dependem da dispensação de medicamentos no Hospital Mário Covas, administrado pelo governo estadual. A administração dessas cidades considera fundamental a ampliação de unidades de dispensação nas microrregiões para melhor atender a população.

Diante desse panorama, é essencial que sejam encontradas soluções para melhorar o acesso da população aos medicamentos de alto custo. Além disso, é importante que haja um maior controle e comunicação para evitar que os estoques se esgotem e que os pacientes fiquem desamparados.

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