Mercado prevê inflação de 4,9% para 2021, superando estimativa anterior de 4,84%.

A projeção do mercado financeiro para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu para 4,9% em 2023, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. Essa estimativa está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano, que é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2024, a projeção está em 3,86%, ainda acima do centro da meta de 3%. Já para os anos seguintes, 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% de inflação. A alta nas estimativas reflete as preocupações com a pressão inflacionária no curto prazo, principalmente devido aos aumentos nos preços dos alimentos, energia e combustíveis.

Essa perspectiva de inflação acima da meta tem implicações importantes para a condução da política monetária pelo Banco Central. Para controlar a inflação, a autoridade monetária utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano, e o BC iniciou um ciclo de redução da taxa neste mês, após uma série de aumentos desde março de 2021.

As expectativas do mercado financeiro indicam que a Selic encerrará o ano em 11,75% e deve continuar em queda nos anos seguintes, chegando a 8,5% em 2025 e 2026. A redução da Selic visa estimular a atividade econômica, facilitando o acesso ao crédito e incentivando o consumo e investimento.

Além das projeções de inflação e juros, o mercado também estima o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a cotação do dólar. Para 2023, a expectativa é de um crescimento de 2,29% da economia brasileira, mantendo a projeção da semana anterior. Já para os anos seguintes, as estimativas são de expansão mais moderada, com crescimento do PIB de 1,33% em 2024, 1,9% em 2025 e 2% em 2026.

Quanto ao câmbio, a projeção é de que o dólar encerre o ano cotado a R$ 4,95 e chegue a R$ 5,00 em 2024. Essa valorização da moeda americana pode ter impactos na balança comercial e nos preços dos produtos importados.

Em resumo, as projeções do mercado financeiro indicam que a inflação ficará acima da meta em 2023, o que impulsiona a expectativa de redução da taxa básica de juros. O crescimento econômico também é projetado, mas em ritmo moderado, e o câmbio seguirá sujeito a variações de acordo com o contexto internacional e interno. A evolução desses indicadores será acompanhada de perto pelos agentes econômicos e pelo Banco Central, que buscarão tomar as medidas necessárias para garantir a estabilidade e o crescimento sustentável da economia brasileira.

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