O apagão, que ocorreu no dia 15, levou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a solicitar ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigassem as causas do incidente. Na ocasião, o ministro destacou que o Operador Nacional do Sistema (ONS) não seria capaz de determinar se o ocorrido foi resultado de problemas técnicos ou de falhas humanas.
Até o momento, sabe-se que a interrupção teve início às 8h30 do dia 15 de agosto, com a queda no fornecimento de 19 mil megawatts, o equivalente a cerca de 27% da carga total naquele horário. O desligamento da linha de transmissão 500 kV Quixadá-Fortaleza II, que pertence à Eletrobras Chesf, foi a causa inicial do apagão. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), uma atuação incorreta no sistema de proteção da linha levou ao seu desligamento.
O ONS afirma que, após 600 milissegundos, as Proteções de Perda de Sincronismo (PPS) foram acionadas, o que permitiu a abertura controlada das linhas que conectam as regiões Norte-Nordeste, Nordeste-Sudeste e Norte-Sul. Esse processo acabou por separar o Sistema Interligado Nacional em três áreas elétricas distintas.
A restauração do fornecimento de energia começou minutos após a interrupção e, até as 10h, o abastecimento já havia sido normalizado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O sistema elétrico como um todo foi totalmente restaurado às 14h49.
A Polícia Federal segue realizando as investigações para determinar as causas exatas do apagão e identificar eventuais responsáveis pelos crimes de sabotagem e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública. A população aguarda ansiosa por respostas e medidas que garantam a estabilidade do sistema elétrico nacional.
