Brasil possui diversas alternativas para auxiliar na descarbonização do planeta.

No Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva (Simea), realizado em São Paulo, foi discutido o futuro sustentável da mobilidade e a importância de regular um mercado de créditos de carbono a curto prazo. O evento contou com a participação de 900 inscritos e apresentou 60 trabalhos técnicos, além de dois painéis com 23 palestrantes e moderadores.

De acordo com Gastón Perez, presidente do Simea, enquanto outros países possuem apenas uma alternativa para combater os efeitos do CO2, o Brasil conta com diversas opções, como o motor flex com etanol, biodiesel, biogás e a energia elétrica gerada por fontes limpas. Além disso, o país tem o potencial para produzir hidrogênio verde, considerado o combustível definitivo e mais adequado para o planeta nas próximas décadas.

Atualmente, já existe tecnologia para utilizar o etanol como ponto de partida para a geração de hidrogênio no veículo, que seria usado para alimentar o motor elétrico. Essa tecnologia, ainda cara, está sendo estudada pela Universidade de São Paulo. No entanto, outras opções para obter hidrogênio, como a eletrólise da água, também são viáveis desde que sejam utilizadas fontes limpas de energia, como a eólica, solar e hidráulica.

Além disso, a regularização de um mercado de créditos de carbono é considerada fundamental. Isso permitiria que os motoristas fossem recompensados financeiramente pela escolha de combustíveis menos poluentes, contribuindo para combater as mudanças climáticas.

Outro assunto abordado recentemente foi a situação da fabricante chinesa BYD na Bahia. O investimento de R$ 3 bilhões da empresa no estado nordestino tem enfrentado algumas dificuldades, mas a BYD ainda não mostrou intenção de recuar. Houve uma confusão sobre a compra da fábrica de Camaçari, que produzia modelos da Ford, mas acabou sendo revertida para o Estado da Bahia. A empresa americana que ocupava a fábrica espera ser indenizada pelas expansões realizadas. A negociação ainda está em andamento e não há previsão de quando será concluída.

Por fim, fala-se sobre as vendas discretas do Fiat 500e, o substituto do icônico Fiat 500. O modelo elétrico, que chegou ao mercado por R$ 239.990, teve seu preço reduzido para R$ 224.990, mas ainda não decolou em vendas. No entanto, mesmo sendo um carro de nicho, o Fiat 500e é valorizado por suas características únicas, como a agilidade no trânsito urbano e o modo de condução “sherpa”, que estende ao máximo o alcance do veículo. Embora tenha um entre-eixos limitado, o subcompacto é fácil de estacionar e possui um porta-malas surpreendente quando o banco traseiro é rebatido.

No panorama atual, é de extrema importância que o Brasil continue investindo em alternativas sustentáveis para a mobilidade, regulamentando um mercado de créditos de carbono e incentivando o uso de combustíveis menos poluentes.

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