Atletas de jiu-jítsu são detidos em São Paulo sob acusação de estupro e assalto ocorridos em Mato Grosso do Sul.

Dois renomados atletas de jiu-jítsu, Erbeth Santos e André Pessoa, foram presos em flagrante na última quinta-feira (24), na cidade de Boituva, a 118 km de São Paulo, sob acusação de estupro e roubo cometidos no estado de Mato Grosso do Sul.

Na manhã desta sexta-feira (25), os dois atletas passaram por audiência de custódia, onde tiveram suas prisões preventivas decretadas. De acordo com informações da Polícia Civil paulista, ambos negaram veementemente a prática dos crimes, porém, não foi divulgado se eles possuem representação legal.

Erbeth, de 29 anos, é detentor de diversos títulos em diferentes categorias e federações de jiu-jítsu. Em 2017, sagrou-se campeão da categoria superpesado da Federação Internacional de Brazilian Jiu-Jitsu (IBJJF) nos Estados Unidos.

Segundo as autoridades policiais, Erbeth e André, também com 29 anos, participaram de uma competição em Três Lagoas (MS) e, em seguida, dirigiram-se a um estabelecimento de prostituição local. Conforme relatado no boletim de ocorrência, eles teriam utilizado uma faca para roubar clientes e funcionários. Uma das vítimas alegou que Erbeth a estuprou e a ameaçou com a arma branca.

Imagens de uma câmera de segurança do local mostram André empunhando uma faca e discutindo com uma mulher. Testemunhas afirmaram às autoridades que eles também portavam uma pistola, que não foi encontrada.

“Eles roubaram o estabelecimento noturno, confinaram todas as mulheres em um quarto e Erbeth subtraiu os pertences”, afirmou o delegado Carlos Antônio Rodrigues, responsável pela delegacia de Boituva.

Após deixarem Três Lagoas, os atletas dirigiram-se a São Paulo. Foi quando a polícia paulista foi acionada e fez uma abordagem ao veículo em que eles estavam em um pedágio na rodovia Castello Branco, próximo a Boituva.

No interior do carro, as autoridades encontraram 24 celulares, R$ 3.500 em dinheiro e uma faca.

O delegado Carlos Antônio Rodrigues revelou que, durante o interrogatório, os atletas negaram todas as acusações e alegaram terem sido dopados após consumirem “uísque batizado”, que teria sido supostamente oferecido pelas mulheres do estabelecimento de prostituição.

Rodrigues acrescentou ainda que delegacias de outros municípios já haviam registrado boletins de ocorrência por agressões e roubos envolvendo os dois atletas.

“Na delegacia de Penápolis temos um boletim de ocorrência de uma vítima que marcou um encontro com Erbeth, foi imobilizada por ele e teve seu celular e bolsa roubados. Em Campo Grande, há um registro de que eles já praticaram roubos e estupro em uma república”, concluiu o delegado.

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