Vários países adotam fundo multimilionário visando à preservação da natureza para enfrentar os desafios ambientais.

Líderes ambientais de 185 países se reuniram em Vancouver, no Canadá, nesta quinta-feira (24), para adotar um fundo multibilionário destinado a apoiar a conservação global. A reunião, que ocorre oito meses após os governos concordarem com o Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, tem como objetivo principal proteger 30% das terras e áreas costeiras até 2030, conforme solicitação da ONU.

Comparado ao Acordo de Paris para a Natureza, em referência ao pacto histórico da ONU de 2015 para combater as mudanças climáticas, o Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal estabeleceu 23 metas, entre elas a mobilização dos setores público e privado para destinar US$ 200 bilhões por ano para iniciativas de conservação até 2030. Além disso, os países desenvolvidos foram convocados a contribuir com pelo menos US$ 20 bilhões anualmente até 2025.

“Começamos bem”, afirmou David Cooper, secretário-executivo interino da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. “Agora esperamos mais compromissos dos países e de outras fontes para que os primeiros projetos do novo fundo possam ser lançados no próximo ano.”

Até o momento, o fundo não atingiu a meta de US$ 200 milhões necessários para se tornar totalmente operacional até dezembro, conforme exigido pelo Banco Mundial, que administra os recursos. No entanto, o Canadá anunciou que investirá 200 milhões de dólares canadenses (equivalente a US$ 147 milhões) e o Reino Unido afirmou que contribuirá com 10 milhões de libras (cerca de US$ 13 milhões).

O fundo lançado na quinta-feira será gerido pelo Fundo Global para o Ambiente (GEF), um mecanismo estabelecido dentro da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica e da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Nos últimos 30 anos, o GEF já forneceu mais de US$ 23 bilhões para milhares de projetos.

Segundo o GEF, os países menos desenvolvidos e os pequenos estados insulares serão priorizados e receberão mais de um terço dos fundos, com uma meta de destinar até 20% para projetos liderados por povos indígenas e comunidades locais.

A expectativa agora é que outras nações e fontes se comprometam com o fundo para que os primeiros projetos possam ser implementados no próximo ano, proporcionando avanço significativo na conservação global.

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