A Polícia Militar do Rio de Janeiro está investigando denúncias de irregularidades em concurso interno da corporação.

Neste domingo (27), a Polícia Militar anunciou o início da Operação Aqui Não, com o objetivo de combater a fraude na primeira fase do concurso para formação de soldados da corporação, que contou com a inscrição de mais de 119 mil candidatos. Dos inscritos, 88 mil eram homens e 31 mil eram mulheres.

A operação resultou na prisão de 20 pessoas, que foram encaminhadas às delegacias de polícia. Foram cumpridos 19 mandados de prisão por crimes de roubo, deserção e receptação. Um ex-cabo da corporação, que já havia sido expulso da instituição, foi preso em flagrante por falsidade ideológica e tentativa de fraude ao concurso. Além disso, ele já respondia a uma acusação por tentativa de homicídio contra um vigilante no ano de 2016.

A Secretaria de Estado da Polícia Militar divulgou uma nota informando que a responsabilidade pela execução e fiscalização do concurso cabe ao Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), empresa selecionada por meio de processo de licitação. A corporação afirmou estar apurando as denúncias e analisando as providências que serão tomadas.

A Operação Aqui Não contou com o trabalho de inteligência, cruzamento de dados e consultas aos bancos de informações judiciais.

O concurso, realizado ontem, aconteceu em mais de 120 locais da região metropolitana do Rio de Janeiro. Os candidatos foram submetidos a 50 questões de várias disciplinas. No entanto, surgiram denúncias nas redes sociais, principalmente na Universidade Estácio, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, de que as provas começaram com duas horas de atraso devido à chuva na região. Além disso, muitos fiscais teriam chegado atrasados.

No total, são oferecidas 2 mil vagas para soldados da corporação, sendo 200 destinadas às mulheres e 1,8 mil aos homens. A remuneração é de R$ 5.233,88. Os gabaritos preliminares das provas objetivas serão divulgados nesta terça-feira (29) no site do Ibade.

A Agência Brasil entrou em contato com o Ibade a respeito das denúncias, mas não obteve resposta até o momento.

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