Os juros cobrados pelos bancos tiveram uma redução significativa, chegando a 44,3% ao ano, segundo dados recentes.

No mês de julho, a taxa média de juros das concessões de crédito livre registrou uma queda pelo segundo mês consecutivo, passando de 44,6% para 44,3% ao ano, uma redução de 0,3 ponto percentual. No entanto, em um período de 12 meses, houve um aumento de 3,9 pontos percentuais nos juros médios, de acordo com a divulgação das Estatísticas Monetárias e de Crédito pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (28), em Brasília.

No que diz respeito às novas contratações para empresas, a taxa média de juros no crédito livre alcançou 23,3% ao ano, um aumento de 0,3 ponto percentual no mês. Segundo o BC, esse aumento é resultado de um impacto sazonal. Por outro lado, em 12 meses, houve uma redução de 0,1 ponto percentual.

Já nas contratações com as famílias, a taxa média de juros atingiu 58,5% ao ano, uma redução de 0,6 ponto percentual no mês. No entanto, em um período de 12 meses, houve um aumento de 5,1 pontos percentuais.

Vale ressaltar que no crédito livre, os bancos têm a autonomia de emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Por outro lado, o crédito direcionado, que possui regras definidas pelo governo, é destinado principalmente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa de juros para pessoas físicas ficou em 12% ao ano em julho, enquanto para empresas, a taxa caiu para 10,3% ao ano. No geral, a taxa média no crédito direcionado ficou em 11,6% ao ano.

Essa queda na taxa média de juros dos empréstimos ocorre em um momento em que a expectativa do mercado financeiro é de uma redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, que atualmente está em 13,25% ao ano. A queda na Selic é um instrumento utilizado pelo BC para controlar a inflação.

Espera-se que a taxa de captação dos bancos, ou seja, o valor pago pelo crédito, continue em queda, uma vez que a previsão dos analistas é de que a Selic caia para 11,75% até o final do ano.

No entanto, é importante ressaltar que, apesar da queda nas taxas de juros, o endividamento das famílias ainda é alto. Em junho, o endividamento ficou em 48,3% em relação à renda acumulada em 12 meses, enquanto o comprometimento da renda ficou em 28,3%. Esses indicadores mostram a importância de um planejamento financeiro adequado para evitar problemas de endividamento.

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