Segundo as investigações, após a prisão de Maxwell, Sandro assumiu a posição de principal operador do esquema, responsável por cobrar o pagamento dos pontos de TV a cabo clandestinos na zona norte da cidade. Durante anos, ele era encarregado de realizar a instalação do sinal clandestino de internet nos bairros do Méier, Todos os Santos, Engenho de Dentro e Cachambi. O esquema clandestino possui sua base no Complexo do Lins, também localizado na zona norte.
O sargento Sandro estava lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Formiga, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, ele estava foragido desde o dia 4 de junho, quando foi deflagrada a Operação Jammer. Na ocasião, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão contra empresas suspeitas de fornecerem sinal clandestino de internet, mas o militar conseguiu escapar. Sua ligação com os envolvidos no assassinato de Marielle se dava através do controle dos pontos de venda de sinal a cabo clandestinos, os quais eram explorados por Ronnie e Maxwell.
O sargento era o último foragido da operação. Ele foi preso na Ponte Rio-Niterói e conduzido à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Após esse procedimento, ele será encaminhado ao sistema prisional estadual para cumprir sua pena.
A prisão de Sandro representa um avanço nas investigações que cercam o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A polícia continua seu trabalho minucioso para desvendar todos os detalhes desse crime que chocou o país e exigir justiça para as famílias das vítimas. A colaboração entre as diferentes esferas de segurança, nesse caso, demonstra a importância do trabalho conjunto para o combate ao crime organizado e a impunidade.