Os ministros do STF relataram suas impressões ao tomarem conhecimento dos ataques e discutiram as medidas tomadas para garantir a punição dos envolvidos. Além disso, servidores que atuaram na segurança das instalações contaram como agiram ao perceberem que o prédio estava sendo invadido. Funcionários terceirizados também compartilharam suas experiências no trabalho de limpeza dos destroços encontrados no dia seguinte aos ataques.
Uma prévia do documentário foi exibida aos ministros da Corte e o filme completo será transmitido no dia 3 de setembro, às 22h, pela TV Justiça. Essa iniciativa busca informar a sociedade sobre os acontecimentos e os esforços realizados para proteger a integridade do Supremo Tribunal Federal.
Vale ressaltar que a sede do STF é um patrimônio histórico e artístico nacional, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O prédio abriga obras de arte do renomado artista plástico Alfredo Ceschiatti, além de painéis do artista Athos Bulcão. Por isso, os ataques ocorridos em janeiro não se tratam apenas de agressões físicas, mas também de danos ao patrimônio cultural do país.
Durante os ataques, os vidros da fachada da sede foram quebrados e pichados. O plenário do tribunal foi completamente destruído e diversas cadeiras, bancadas, obras de arte, sistemas de segurança eletrônica e de incêndio foram danificados pelos criminosos.
Apesar dos estragos causados, a maior parte da reforma do plenário foi concluída no dia 1° de fevereiro, quando os ministros do STF puderam realizar a primeira sessão de julgamento após a depredação.
De acordo com levantamento realizado pela Advocacia-Geral da União (AGU), os prejuízos causados pela depredação do STF alcançaram cerca de R$ 11 milhões. Esse dado reforça a gravidade dos ataques e a necessidade de investigação e punição dos responsáveis.
Portanto, o lançamento do livro e do documentário “Democracia Inabalada” é uma importante iniciativa que contribui para a preservação da memória, a transparência e a informação sobre os acontecimentos ocorridos no STF em janeiro deste ano. Além disso, busca-se conscientizar a sociedade sobre a importância da defesa da democracia e da atuação das instituições para garantir a estabilidade do Estado de Direito.
