Gonçalves Dias defende que só o uso de armas pode evitar a invasão do Planalto, em declaração polêmica.

No depoimento prestado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do presidente Lula, o general Gonçalves Dias, trouxe novas revelações sobre os ataques ocorridos naquela data. Segundo o general, ele recebeu mensagens contraditórias sobre os manifestantes e decidiu tomar providências imediatas, dirigindo-se ao Palácio do Planalto.

Em seu depoimento, o general fez questão de afirmar que solicitou reforços para conter os manifestantes, tendo como prioridade impedir a invasão do gabinete presidencial. De acordo com Dias, ele estava desarmado e conduziu pessoalmente os manifestantes para o segundo andar do palácio, onde seriam efetivadas as prisões.

No entanto, o general fez questão de ressaltar que não é o responsável pela invasão que ocorreu no Palácio do Planalto. Ele atribuiu a culpa aos seus subordinados e à Polícia Militar do Distrito Federal. Gonçalves Dias deixou claro que sua atuação teve como objetivo principal evitar um confronto que poderia resultar em violência e até mesmo em mortes.

Além disso, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional negou veementemente ter dado qualquer ordem para adulterar relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Segundo ele, sua conduta sempre foi pautada pela legalidade e pelo respeito às normas.

É importante ressaltar que o depoimento do general Gonçalves Dias traz novos elementos para a investigação sobre os acontecimentos no 8 de Janeiro. Sua versão dos fatos é fundamental para esclarecer algumas lacunas que ainda persistem.

A CPMI do 8 de Janeiro busca elucidar as circunstâncias dos ataques ocorridos naquele dia e apurar possíveis falhas no sistema de segurança que permitiram a invasão do Palácio do Planalto. A participação do general Gonçalves Dias nesse processo é de extrema importância, uma vez que ele ocupava um cargo de alto escalão no governo na época dos fatos.

Espera-se que a CPMI conduza suas investigações com imparcialidade e diligência, buscando sempre a verdade dos fatos. A sociedade espera respostas claras e objetivas sobre o ocorrido e medidas para garantir que episódios como esse não voltem a se repetir. A segurança institucional do país não pode ser colocada em risco.

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