A responsabilidade pela execução e fiscalização do concurso é do Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), que foi notificado da medida. A Secretaria de Estado da Polícia Militar afirmou, por meio de nota, que está apurando as denúncias e analisando as providências que serão tomadas.
No dia da prova objetiva, a Polícia Militar realizou a Operação Aqui Não, que tinha como objetivo combater fraudes na primeira fase do concurso. Mais de 119 mil candidatos estavam inscritos no processo seletivo, sendo 88 mil homens e 31 mil mulheres. Durante a operação, 20 pessoas foram presas e encaminhadas às delegacias policiais. Foram cumpridos 19 mandados de prisão por crimes como roubo, deserção e receptação. Um ex-cabo da PM, que já havia sido expulso da corporação, foi preso em flagrante por falsidade ideológica e tentativa de fraude a concurso.
O governador Cláudio Castro se mostrou indignado com as irregularidades ocorridas no concurso. Ele afirmou que contratou uma empresa para realizar o exame e considera inadmissíveis as falhas que foram amplamente divulgadas nas redes sociais. Por respeito aos candidatos que agiram corretamente, ele decidiu cancelar a prova objetiva.
Apesar disso, Castro tranquilizou os inscritos e garantiu que as provas serão realizadas ainda este ano. Ele destacou o recorde de inscritos para o concurso da Polícia Militar, com 119.541 candidatos disputando duas mil vagas, sendo 1.800 para homens e 200 para mulheres. A prova foi aplicada em 121 locais nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói.
O governador ressaltou a importância da carreira policial e enfatizou o valor que sua administração dá a essa profissão. Ele prometeu anunciar em breve as novas datas para a realização das provas. Resta agora aos candidatos aguardar essas informações para dar continuidade ao processo seletivo e realizar o sonho de ingressar na Polícia Militar.