Segundo o gerente-executivo do Observatório, Márcio Guerra, a necessidade de sobrevivência e inovação na sociedade impulsiona o crescimento da economia criativa. Ele destaca que as profissões ligadas a esse setor terão um crescimento significativo, especialmente em função da cultura digital. Guerra argumenta que a demanda por profissionais criativos e inovadores na produção de conteúdos digitais tende a crescer nos próximos anos.
As profissões da economia criativa estão presentes em diversos setores, como empreendedorismo, indústria, serviços e tecnologia. Guerra ressalta que a dimensão tecnológica impulsionará o aumento dos empregos e do dinamismo nesse mercado, principalmente no desenvolvimento de produtos digitais.
O estudo do ONI também revela que os profissionais da economia criativa têm, em média, 1,8 ano a mais de estudo e recebem salários 50% maiores que os trabalhadores de outras áreas. Os salários mais altos estão na produção cultural e na criatividade relacionada à tecnologia, como a produção de aplicativos, o desenvolvimento de softwares e jogos.
A pesquisa também revela que a maioria dos estabelecimentos da economia criativa no Brasil são micro e pequenas empresas, principalmente na área de moda, seguida por publicidade e serviços empresariais, tecnologia da informação e atividades artesanais.
Com relação à política nacional de desenvolvimento da economia criativa, um projeto de lei está tramitando no Congresso Nacional desde o ano passado. O projeto prevê parcerias entre empresas e universidades para qualificação profissional, desenvolvimento de infraestrutura e promoção de ecossistemas de inovação. No entanto, o gerente-executivo do Observatório, Márcio Guerra, avalia que esse projeto não é uma prioridade para o governo federal no momento, mesmo sendo de extrema importância para fortalecer a economia do país.
Em resumo, a economia criativa tem um grande potencial para gerar empregos nos próximos anos no Brasil. A demanda por profissionais criativos e inovadores na produção de conteúdos digitais é cada vez maior, impulsionando o crescimento desse setor. Os profissionais da economia criativa têm salários mais altos do que a média da economia, e a maioria dos estabelecimentos desse setor são micro e pequenas empresas, principalmente na área de moda. Apesar disso, o projeto de lei que cria a Política Nacional de Desenvolvimento da Economia Criativa não é considerado uma prioridade pelo governo federal no momento.