Segundo o psicólogo Cristiano Nabuco, ao acelerar a velocidade das informações, seja por meio de áudios, vídeos ou até mesmo leitura, as pessoas acabam perdendo a capacidade de se aprofundar nos temas. “Não é necessariamente que você fica ansioso, mas você não sabe mais o que fazer com uma informação que demora um pouco. Tem que associar, mas você perdeu a habilidade de associar”, explica Nabuco.
Os dados de uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde revelaram que 31,6% dos jovens, com idade entre 18 e 24 anos, já receberam diagnóstico de ansiedade. Esse número tem preocupado os especialistas, que destacam a relação entre o uso excessivo da internet e o desenvolvimento de problemas como ansiedade.
Alguns sinais indicam os efeitos negativos do uso excessivo da internet e seus recursos. O uso prolongado de aplicativos e redes sociais, a sensação de angústia quando a bateria do celular está acabando ou quando não se tem acesso à internet, além da retomada do bem-estar somente quando está conectado, são sinais de dependência e podem indicar problemas de saúde mental.
É importante ressaltar que, apesar dos avanços tecnológicos e das facilidades que a internet nos proporciona, é essencial manter um equilíbrio entre o mundo virtual e o real. A busca pela informação rápida e imediatista pode comprometer nossa capacidade de aprendizado e compreensão. Por isso, é fundamental que as pessoas tenham consciência dos limites e cuidem de sua saúde mental, estabelecendo pausas e momentos de desconexão.
Em conclusão, é preciso estar atento aos efeitos negativos do aceleramento da velocidade de informações. A busca constante pela rapidez pode comprometer nossa capacidade de absorver conhecimento e desenvolver dificuldades em associar e reter informações. Portanto, é necessário estabelecer um equilíbrio saudável no uso da internet e seus recursos, sempre priorizando nossa saúde mental e bem-estar.
