É importante ressaltar que o INPC é utilizado para medir a variação da cesta de compras de famílias com renda de até cinco salários mínimos. Diante disso, o índice acumula taxas de inflação de 2,8% ao longo deste ano e de 4,06% nos últimos 12 meses. No entanto, é válido destacar que esses números são inferiores aos apresentados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é utilizado como a inflação oficial do país.
O IPCA registrou uma alta de 0,23% em agosto, acumulando uma inflação de 3,23% ao longo deste ano e de 4,61% nos últimos 12 meses. Essa diferença entre os dois índices revela que a inflação tem impactado de forma diferente a população de acordo com sua faixa de renda.
Dentre os fatores que influenciaram a inflação de agosto do INPC, destacam-se os produtos não alimentícios, que apresentaram um aumento de 0,56% no mês. Essa taxa representa um aumento significativo em relação ao mês anterior, quando a inflação foi de apenas 0,07%. Por outro lado, os alimentos tiveram uma queda ainda mais acentuada em agosto, com uma deflação de 0,91%, em comparação com a queda de 0,59% registrada no mês anterior.
Esses números evidenciam a variação dos preços em diferentes setores da economia. Enquanto os produtos não alimentícios apresentaram um aumento de preços, os alimentos tiveram uma deflação, o que pode ser explicado, em parte, pela sazonalidade dos produtos nesse período.
É importante acompanhar esses índices inflacionários para entender as mudanças no poder de compra da população e suas consequências para a economia como um todo.