As investigações conduzidas pela PF apontaram indícios de conluio entre a empresa norte-americana CTU Security LLC e servidores públicos federais, o que teria resultado na dispensa de licitação e possível sobrepreço na compra dos equipamentos de segurança. Os crimes em apuração incluem patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa.
De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), foi identificado um potencial sobrepreço de R$ 4,64 milhões em uma compra que totalizou US$ 9,45 milhões (equivalente a cerca de R$ 40 milhões na época). O pagamento do contrato ocorreu em janeiro de 2019, mas foi estornado em setembro do mesmo ano após suspensão determinada pelo TCU.
A operação, denominada de Perfídia, também investiga o envolvimento de duas empresas brasileiras que atuam no comércio de proteção balística e que supostamente formam um cartel nesse mercado no Brasil. Essas empresas teriam celebrado contratos públicos milionários.
O Gabinete de Intervenção Federal foi criado pelo governo federal com o propósito de conduzir a intervenção na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, que ocorreu entre os meses de fevereiro e dezembro de 2018. Durante esse período, o órgão teve o controle operacional das polícias estaduais e realizou diversas aquisições de equipamentos para essas instituições.
O desvio de recursos públicos e a corrupção são problemas graves que afetam a sociedade brasileira. A atuação da Polícia Federal nesse caso é de extrema importância para combater esses crimes e garantir a lisura e a transparência nas aquisições feitas pelo poder público. As investigações continuarão a fim de identificar os envolvidos e responsabilizá-los pelos atos ilícitos cometidos. A população espera que essas operações resultem em punições efetivas e no fortalecimento das instituições responsáveis por garantir a segurança e o bem-estar da sociedade.