Liminar suspende projeto de lei que obrigava bares e restaurantes a oferecerem água filtrada grátis aos clientes em São Paulo

A Justiça de São Paulo suspendeu, nesta quarta-feira (13), de forma liminar, o projeto de lei que obriga bares e restaurantes do estado de São Paulo a oferecerem água filtrada gratuitamente aos clientes. A medida, sancionada na terça-feira (12), foi publicada no Diário Oficial do estado nesta quarta-feira.

De acordo com a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, a liminar é plausível, especialmente considerando o custo adicional que os estabelecimentos teriam ao fornecer água filtrada gratuita, além da possível diminuição na receita proveniente da venda de bebidas.

O projeto de lei foi aprovado na Assembleia do Estado de São Paulo (Alesp) no dia 30 do último mês e sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A proposta determinava que todos os bares, restaurantes, lanchonetes, padarias e estabelecimentos similares do estado seriam obrigados a servir água potável filtrada à vontade, de maneira gratuita, aos clientes.

O governo de São Paulo informou à CNN que ainda não foi notificado oficialmente da decisão da Justiça. A medida gerou controvérsias entre empresários da área, que alegam que a obrigatoriedade de fornecer água filtrada gratuita traria custos extras, ao passo que alguns consumidores e órgãos de defesa do consumidor defendem a importância do acesso gratuito à água potável, visando garantir a saúde dos clientes.

A decisão da Justiça suspendendo o projeto de lei é válida até que seja julgado o mérito da ação. Cabe ressaltar que a suspensão do projeto não indica sua revogação definitiva, mas sim uma suspensão temporária até que todas as partes envolvidas tenham a oportunidade de apresentar seus argumentos e o caso seja decidido de forma definitiva.

Assim que o governo de São Paulo for notificado, caberá à instituição avaliar os próximos passos a serem tomados, levando em consideração a decisão da Justiça e a opinião dos diferentes setores envolvidos. Por enquanto, a obrigatoriedade de oferecer água filtrada gratuitamente aos clientes nos estabelecimentos do estado de São Paulo fica suspensa. O desdobramento deste caso será acompanhado de perto, dado o impacto que a medida pode ter no setor alimentício e na defesa do direito do consumidor.

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