Presidente Lula da Silva participará da Cúpula do G77 + China em Havana, discutindo Desafios Atuais do Desenvolvimento

Nos dias 15 e 16 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará em Havana, capital de Cuba, para a Cúpula do G77 + China. O grupo, criado em 1964 com 77 países-membros, atualmente conta com 134 nações em desenvolvimento do sul global da Ásia, África e América Latina. A parceria com a China foi firmada na década de 1990.

A Cúpula deste ano, sob a presidência de Cuba, tem como tema “Desafios Atuais do Desenvolvimento: Papel da Ciência, Tecnologia e Inovação”. O secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Cozendey, explicou que o Brasil, como um dos fundadores do grupo, tem uma atuação ativa nas negociações. Ele ressaltou que o G77 + China não se envolve tanto em temas políticos e de segurança, mas sim em questões econômicas e sociais das Nações Unidas.

Durante um briefing em Brasília, o diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Propriedade Intelectual do Ministério das Relações Exteriores, ministro Luciano Mazza de Andrade, adiantou os termos da declaração que será aprovada pelos chefes de Estado participantes do encontro. Segundo Andrade, os termos da declaração foram negociados em Nova Iorque e aprovados pelas alegações previamente.

A declaração enfatiza o desenvolvimento e o fortalecimento da Cooperação Sul-Sul como base do intercâmbio no G77 + China. Além disso, propõe que 16 de setembro seja instituído como o Dia da Ciência, Tecnologia e Inovação no sul global, e prevê que os ministros de Ciência, Tecnologia e Inovação do bloco se reúnam a cada três anos para enfatizar a cooperação nessas áreas comuns.

Cuba assumiu a presidência do G77 + China no início deste ano e tem como temas centrais de sua gestão a consolidação da unidade dos países em desenvolvimento em negociações multilaterais, a promoção da solidariedade e cooperação internacional no pós-pandemia, e a reforma da governança financeira internacional. A troca da presidência do grupo ocorrerá em janeiro de 2024, quando Uganda assumirá o posto.

Durante o briefing, Cozendey também abordou o tratamento dado a Cuba nos fóruns multilaterais de governança global. Ele reafirmou a posição do Brasil na condenação às sanções unilaterais contra Cuba, destacando que essas medidas não alcançaram seus objetivos e prejudicaram a população cubana. Após a cúpula em Havana, o presidente Lula seguirá para Nova Iorque, nos Estados Unidos, para participar da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

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