Comissão de Educação aprova projeto que estabelece prazo de 10 anos para formação de professores em educação especial

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que estabelece um prazo de 10 anos para que professores e assistentes que atuam em turmas inclusivas ou prestam atendimento especializado recebam formação em educação especial. A medida tem como público-alvo os profissionais da rede regular de ensino que trabalham com alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

De acordo com o projeto, a capacitação será realizada ao longo dos próximos 10 anos, sendo que a cada ano 10% dos professores e demais profissionais da educação que atuam em classes comuns inclusivas serão qualificados em cursos de formação continuada, assim como 10% dos professores que fazem atendimento especializado serão qualificados em cursos de especialização.

Além disso, a proposta também estabelece que o poder público deve estimular a criação de cursos de licenciatura específica em educação especial nos próximos 10 anos. Essas novas regras serão inseridas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

O substitutivo aprovado foi apresentado pela relatora, a deputada Socorro Neri (PP-AC), ao Projeto de Lei 3129/15, de autoria da ex-deputada Clarissa Garotinho (RJ). A principal mudança feita pela relatora foi estabelecer o prazo para a qualificação dos profissionais.

Socorro Neri afirmou que a proposta está de acordo com a legislação educacional e com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. “O comando para que as escolas tenham profissionais capacitados e disponíveis para atender à diversidade educacional está presente na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, no Plano Nacional de Educação e na LDB”, disse a deputada.

O projeto tramita em caráter conclusivo e será agora analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

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