Projeto Livro Aberto da SAP promove leitura e ressocialização em unidades prisionais do Ceará

Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), através da Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso, promoveu com sucesso o teste do projeto Livro Aberto, que incentiva a prática de leitura entre os internos do sistema penitenciário do Ceará. Nesta edição, mais de 10 mil detentos, de 28 unidades prisionais, participaram do projeto.

As unidades prisionais que tiveram mais inscrições proporcionalmente à sua população carcerária foram a Unidade Prisional Francisco Hélio Viana de Araújo (UP-Pacatuba), a Unidade Prisional Feminina Desembargadora Auri Moura Costa (UPF) e a Unidade Prisional de Ensino, Capacitação e Trabalho de Itaitinga (UPECT-Itaitinga). A correção dos relatórios de leitura é realizada pela Escola de Ensino Fundamental e Médio Aloísio Leo Arlindo Lorscheider.

A educação é uma das prioridades do sistema penitenciário do Ceará, juntamente com o trabalho e a capacitação dos detentos. Através do projeto Livro Aberto, busca-se proporcionar oportunidades de crescimento e desenvolvimento pessoal, além de promover a ressocialização dos presos.

A coordenadora de Inclusão Social do Preso e do Egresso, Cristiane Gadelha, comemorou o êxito do projeto e ressaltou os benefícios da leitura para os participantes: “O Projeto Livro Aberto é um grande incentivo à leitura, que vem mensalmente conquistando mais pessoas no interior das unidades prisionais, que passaram a valorizar o hábito de ler, como um momento de crescimento individual. O projeto vem transformando pessoas, porque melhora a autoestima dos participantes e sua bagagem cultural e educacional”.

Um dos internos beneficiados pelo projeto é Francisco Gonçalves, da Unidade Prisional Professor José Jucá Neto (UP-Itaitinga3). Ele expressou sua gratidão pela oportunidade de participar do projeto e destacou o impacto positivo que a leitura tem em sua vida e no processo de ressocialização: “Esse projeto vem melhorando, não só a minha vida, mas de vários internos. É através da leitura que estamos conquistando mais rápido nossa liberdade, além de nos ajudar no processo de ressocialização”.

O projeto Livro Aberto tem como objetivo promover a ressocialização e o desenvolvimento pessoal e educacional dos detentos, por meio da leitura de obras literárias que abordam temáticas sociais. Além disso, a cada leitura trabalhada, os participantes podem remir quatro dias de pena. Após a leitura de 12 obras e a avaliação de seus relatórios, os internos têm a possibilidade de remir 48 dias de pena.

A Escola de Ensino Fundamental e Médio Aloísio Leo Arlindo Lorscheider é responsável por coordenar a oferta de educação nas unidades prisionais da região metropolitana de Fortaleza. Com 73 professores e 2.466 internos matriculados em diferentes níveis de ensino da educação básica, a escola tem como objetivo principal promover a escolarização dos detentos.

A doação de livros para as bibliotecas das unidades prisionais é incentivada pelo projeto Livro Aberto. Eles devem estar em bom estado de conservação e ser de literatura brasileira (clássicos, romances e modernos), literatura estrangeira, bestsellers, autoajuda ou religiosos. As doações podem ser feitas na sede da Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Coispe) ou através do telefone (85) 3101-7718.

O projeto Livro Aberto é mais uma iniciativa que busca transformar vidas e incentivar a educação dentro do sistema penitenciário do Ceará. Através da leitura, os detentos têm a oportunidade de buscar conhecimento, refletir sobre temáticas relevantes e, principalmente, conquistar uma chance de recomeço.

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