Meta fiscal é compromisso sério do governo para manter estabilidade econômica, afirma ministro da Fazenda

Perseguindo a meta fiscal como uma obrigação do governo para manter a estabilidade das finanças públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou hoje em Brasília que está alinhado com o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) que ressaltou a importância do cumprimento das metas fiscais para que o Banco Central possa continuar reduzindo a taxa básica de juros.

Haddad ressaltou a seriedade do país em relação às contas públicas, afirmando que a situação brasileira é mais confortável do que a de outros países que estão enfrentando uma situação ainda mais dramática e não conseguem ajustar suas contas.

O comunicado do Copom, divulgado após a reunião que reduziu a taxa básica de juros para 12,75% ao ano, alertou que qualquer mudança na meta fiscal teria impacto na política de juros. O novo arcabouço fiscal estabelece uma meta de resultado primário zero para o próximo ano, com a possibilidade de um superávit de 0,25% ou um déficit na mesma magnitude.

Haddad ressaltou a importância da parceria com o Congresso Nacional para o cumprimento da meta fiscal. O governo enviou nos últimos meses uma série de medidas provisórias e projetos de lei para reduzir ou extinguir benefícios fiscais concedidos nos últimos anos e aumentar a arrecadação, visando atingir os R$128 bilhões necessários para cumprir a meta de resultado primário zero.

O ministro destacou a necessidade de não aprovar novas despesas e desonerações, além de corrigir as distorções tributárias acumuladas ao longo dos últimos anos. Segundo Haddad, essas distorções não trouxeram benefícios sociais e causaram uma erosão na base fiscal do Estado brasileiro.

Horas depois de retornar de Nova York, onde participou da Assembleia Geral das Nações Unidas, Haddad teve um almoço com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O ministro afirmou que o encontro foi rotineiro e que trocaram informações técnicas sobre a economia.

Haddad também comentou sobre a turbulência nos mercados internacionais após o comunicado do Federal Reserve (Fed) indicando um possível aumento dos juros básicos nos Estados Unidos. Ele ressaltou que está acompanhando essa situação e que buscará construir o caminho necessário para enfrentar essa questão.

Com o compromisso de perseguir a meta fiscal e com a parceria do Congresso Nacional, o governo espera manter a estabilidade das finanças públicas e continuar reduzindo a taxa de juros, proporcionando um ambiente favorável para o crescimento econômico do país.

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