A iniciativa contou com a participação de uma equipe da 2ª Companhia do BPMA, que se deslocou até as pedreiras de calcário laminado, conhecido como pedra Cariri, na zona rural da cidade. Com o auxílio dos trabalhadores locais, foram recolhidos 16 fósseis de peixes (Chondrichthyes), cinco de insetos (Ephemeroptera), cinco de plantas (Ruffoordia) e um ainda não identificado. Todos os fósseis foram entregues ao Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, onde serão estudados e expostos.
Vale ressaltar que a região da Chapada do Araripe, onde Santana do Cariri está localizada, possui uma grande quantidade de indícios do período cretáceo, o que a tornou internacionalmente conhecida pelos diversos tipos de fósseis encontrados. No entanto, essa fama também atraiu uma prática ilegal bastante lucrativa: o tráfico de fósseis.
Diante desse cenário, o BPMA realiza fiscalizações diárias e ações preventivas nas minas e pedreiras da região, com o objetivo de coibir o comércio ilegal desses objetos. Além disso, a polícia também promove ações de educação ambiental junto aos colaboradores e proprietários desses locais, conscientizando sobre a importância de preservar os fósseis no Brasil.
Graças ao trabalho desenvolvido pelo BPMA, já foram entregues ao Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens mais de 500 fósseis, incluindo plantas, crustáceos, aracnídeos, insetos, peixes e anfíbios. Essas ações têm sido fundamentais para proteger o patrimônio paleontológico do Ceará e contribuir com pesquisas científicas na área.
A operação realizada em Santana do Cariri demonstra o comprometimento da PMCE e do BPMA na preservação do meio ambiente e na garantia da segurança do patrimônio natural do estado. A parceria com a comunidade local e o envolvimento de todos os atores sociais são fundamentais para o sucesso dessas ações e para a conscientização da importância de protegermos nosso rico acervo paleontológico.
