Ministro da Fazenda afirma que instrumentos financeiros para o Plano de Transformação Ecológica serão aprovados pelo Congresso até o fim do ano.

O ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, revelou hoje que os instrumentos financeiros para o Plano de Transformação Ecológica do governo federal deverão ser aprovados no Congresso Nacional até o fim deste ano. O plano, apresentado pelo ministro em agosto, tem como objetivo a criação do mercado regulado de carbono, a emissão de títulos soberanos sustentáveis e a reformulação do fundo do clima para financiar atividades relacionadas à inovação tecnológica e sustentabilidade. Além disso, prevê a criação de uma taxonomia sustentável nacional, que consiste em um conjunto de normas para reconhecer projetos ou ativos sustentáveis e direcionar investimentos públicos e privados.

Durante uma visita à Universidade de São Paulo (USP), Haddad afirmou: “Nós vamos terminar os instrumentos financeiros do Plano de Transformação Ecológica até o final do ano. O [projeto que regula o mercado de] crédito de carbono já está no Senado. O [projeto] Combustível do Futuro já está na Câmara, e a emissão dos primeiros títulos soberanos sustentáveis será feita nas próximas semanas”.

No mesmo evento, o ministro destacou que o Plano de Ação da Taxonomia Sustentável Brasileira, que foi colocado em consulta pública na última quinta-feira (21), deverá entrar em funcionamento em 2025. Ele explicou que a taxonomia será voluntária em 2025 e obrigatória em 2026, após a conclusão dos trabalhos de formulação.

Além disso, o ministro visitou a USP para conhecer o desenvolvimento de uma tecnologia que possibilita o abastecimento de carros elétricos com hidrogênio retirado do etanol. Essa tecnologia tem o potencial de reduzir significativamente a emissão de carbono na cadeia de abastecimento e operação do veículo, pois produz apenas água como resíduo. Segundo Haddad, a pesquisa liderada pela USP é uma das mais avançadas na área de transformação ecológica no Brasil.

O projeto é estratégico para o país, uma vez que o Brasil possui rede de postos de abastecimento veicular com etanol disponível. A ideia é instalar um equipamento nos postos que obtém hidrogênio a partir do etanol, eliminando a necessidade de transporte de hidrogênio por caminhões tanque, que é considerado perigoso e custoso.

O carro movido a hidrogênio utiliza uma célula que transforma a molécula em energia elétrica, gerando apenas água como resíduo. Atualmente, um carro da Toyota já está rodando com essa tecnologia na USP.

Para dar continuidade às pesquisas, o projeto precisa de mais recursos, cerca de R$ 500 milhões. O ministro está comprometido em levar a proposta aos órgãos federais e defender o apoio ao projeto.

Em resumo, o governo federal está empenhado em aprovar os instrumentos financeiros do Plano de Transformação Ecológica, que abrange a criação do mercado regulado de carbono, emissão de títulos soberanos sustentáveis e o fortalecimento do fundo do clima. Além disso, está sendo elaborada uma taxonomia sustentável que irá orientar os investimentos públicos e privados. O ministro também mostrou entusiasmo em relação à tecnologia de abastecimento de carros elétricos com hidrogênio retirado do etanol, apresentada pela USP, e está buscando apoio para o projeto.

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