Cooperação entre Brasil, Alemanha e França visa repatriação de fósseis brasileiros encontrados no exterior

No último dia 25 de setembro, a secretária da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado (Secitece), Sandra Monteiro, esteve em Brasília/DF para uma reunião na sede do Ministério das Relações Exteriores. O objetivo do encontro foi discutir a possibilidade de ações integradas para a repatriação de fósseis brasileiros que se encontram no exterior.

A parceria proposta envolverá entidades tanto a nível federal quanto estadual. O Instituto Guimarães Rosa, unidade do Ministério das Relações Exteriores responsável pela diplomacia cultural brasileira, e o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, ligado à Universidade Regional do Cariri (Urca), serão importantes atores nessa colaboração.

A ideia é tornar mais ágil o processo de repatriação dos fósseis brasileiros. “Os fósseis de origem brasileira localizados em outros países são um patrimônio arqueológico nacional e com importância cultural e científica para os estados”, ressaltou a secretária Sandra Monteiro.

Para alcançar esse objetivo, haverá uma união de esforços entre o Governo do Ceará, por meio da Secitece e da Urca, e os Ministérios das Relações Exteriores (MRE) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além das embaixadas do Brasil, Alemanha e França.

Entre os participantes da reunião estavam o reitor da Urca, Carlos Kléber; o ministro das Relações Exteriores e diretor do Instituto Guimarães Rosa, Marco Antonio Nakata; representantes das embaixadas do Brasil, Alemanha e França; além do Ministério Público Federal e do MCTI.

Um caso emblemático que ilustra a necessidade dessa colaboração foi a recente repatriação do fóssil Ubirajara jubatus. Esse fóssil, que se encontrava ilegalmente na Alemanha, foi devolvido ao Cariri e está agora abrigado no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens.

Ações como essa demonstram a importância de se resgatar o patrimônio arqueológico brasileiro que está no exterior. Além do valor cultural, esses fósseis também possuem relevância científica para os estudos paleontológicos no país.

Portanto, a cooperação entre os governos, instituições e embaixadas é fundamental para ampliar a agilidade e eficiência na repatriação desses fósseis. Esse esforço conjunto garantirá que o patrimônio brasileiro seja preservado e estudado em solo nacional, contribuindo para o avanço do conhecimento científico e a valorização da nossa história.

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