A parceria proposta envolverá entidades tanto a nível federal quanto estadual. O Instituto Guimarães Rosa, unidade do Ministério das Relações Exteriores responsável pela diplomacia cultural brasileira, e o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, ligado à Universidade Regional do Cariri (Urca), serão importantes atores nessa colaboração.
A ideia é tornar mais ágil o processo de repatriação dos fósseis brasileiros. “Os fósseis de origem brasileira localizados em outros países são um patrimônio arqueológico nacional e com importância cultural e científica para os estados”, ressaltou a secretária Sandra Monteiro.
Para alcançar esse objetivo, haverá uma união de esforços entre o Governo do Ceará, por meio da Secitece e da Urca, e os Ministérios das Relações Exteriores (MRE) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além das embaixadas do Brasil, Alemanha e França.
Entre os participantes da reunião estavam o reitor da Urca, Carlos Kléber; o ministro das Relações Exteriores e diretor do Instituto Guimarães Rosa, Marco Antonio Nakata; representantes das embaixadas do Brasil, Alemanha e França; além do Ministério Público Federal e do MCTI.
Um caso emblemático que ilustra a necessidade dessa colaboração foi a recente repatriação do fóssil Ubirajara jubatus. Esse fóssil, que se encontrava ilegalmente na Alemanha, foi devolvido ao Cariri e está agora abrigado no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens.
Ações como essa demonstram a importância de se resgatar o patrimônio arqueológico brasileiro que está no exterior. Além do valor cultural, esses fósseis também possuem relevância científica para os estudos paleontológicos no país.
Portanto, a cooperação entre os governos, instituições e embaixadas é fundamental para ampliar a agilidade e eficiência na repatriação desses fósseis. Esse esforço conjunto garantirá que o patrimônio brasileiro seja preservado e estudado em solo nacional, contribuindo para o avanço do conhecimento científico e a valorização da nossa história.